Cantor e compositor Paulo Onça morre após agressão no trânsito de Manaus  

Paulo Onça foi brutalmente agredido por um motorista de aplicativo identificado como Adeilson Duque Fonseca ─ FOTO: Reprodução

 

Manaus (AM) – A cena musical de Manaus e do Rio de Janeiro amanheceu mais triste nesta segunda-feira (27/05) com a confirmação da morte do talentoso cantor e compositor Paulo Juvêncio de Melo Israel, o Paulo Onça, aos 63 anos, no Hospital Universitário Getúlio Vargas, no bairro Praça 14, zona Centro-Sul de Manaus.

O artista amazonense não resistiu às complicações de uma agressão sofrida no dia 5 de dezembro de 2024, no bairro Praça 14, zona Centro-Sul de Manaus. O agressor foi identificado como o motorista Adeilson Duque Fonseca.

A violência covarde, que chocou a comunidade artística e seus admiradores, ocorreu após uma discussão entre Paulo Onça e Adeilson. Testemunhas relataram que o motorista desferiu um soco no rosto do cantor, que caiu e bateu a cabeça, sofrendo um traumatismo crânio-encefálico grave. Desde então, cantor e compositor estava internado em estado delicado, lutando pela vida.

Trajetória musical brilhante ─ Paulo Onça construiu uma carreira musical rica e multifacetada, transitando com talento entre o Amazonas e o Rio de Janeiro. Nascido em Manaus, ele cedo demonstrou paixão pela música, integrando bandas locais e se destacando pela sua voz marcante e composições que capturavam a essência da cultura amazônica, com influências do boi-bumbá e da música popular brasileira.

Na década de 1990, Paulo Onça alçou voos mais altos ao se mudar para o Rio de Janeiro. Na capital carioca, o artista consolidou sua carreira, apresentando-se em diversos palcos e conquistando reconhecimento no cenário musical nacional. Sua versatilidade o permitiu colaborar com diversos artistas renomados e explorar diferentes estilos musicais, sempre mantendo sua identidade artística singular.

De volta a Manaus, Paulo Onça continuou a ser uma figura ativa na cena cultural, participando de festivais, projetos musicais e influenciando novas gerações de artistas. Seu carisma e talento o tornaram uma referência, e sua perda deixa um vazio imenso no meio artístico amazonense.

Justiça ─ A morte de Paulo Onça transforma a agressão em um caso ainda mais grave, e a expectativa é que a justiça seja feita. Adeilton Duque chegou a ser detido logo após o incidente, mas foi liberado em audiência de custódia.

A investigação sobre o caso deve ser intensificada, e a comunidade clama por responsabilização diante dessa tragédia que ceifou a vida de um artista querido e talentoso.

O legado de Paulo Onça, suas canções e sua paixão pela música permanecerão vivos na memória de seus fãs, amigos e familiares. Manaus e o Rio de Janeiro lamentam a perda precoce de um talento que abrilhantou a cultura brasileira. O velório e sepultamento do artista devem ocorrer em Manaus, com informações a serem divulgadas pela família.

 

Da Redação

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