Manaus (AM) ─ A votação do primeiro turno das eleições deste ano mostrou que a população amazonense não está satisfeita com a administração do governador Wilson Lima (UB). Em menos de quatro anos, R$ 15,72% do seu eleitoral o abandonaram e disseram “não” à sua reeleição.
Em 2018, quando foi eleito pela primeira vez, ele obteve mais de 1 milhão de votos, ou seja, 58,52% dos votantes. Neste ano, Lima perdeu “gordura” e teve 42,80% do eleitoral, 819,784 votos, um reflexo da sua administração marcada por escândalos de desvio de recursos públicos da saúde.
Outra comparação que mostra a desidratação do governador com o seu eleitorado, são os votos conquistados pelos seus três maiores adversários nesta eleição. O senador Eduardo Braga (MDB) obteve 20,99% dos votos e vai disputar o segundo turno com Wilson Lima.
Amazonino Mendes (Cidadania) e Ricardo Nicolau (Solidariedade), juntos, tiveram 42,70% dos votos. Somados, os três arrastaram 63,69% do eleitorado amazonense. Agora, no segundo turno, é tudo zero a zero e vai depender das estratégias políticas que Braga e Lima vão adotar.
Os principais motivos da perda de eleitores, segundo especialistas, são os escândalos de suspeita de desvio de recursos da Covid-19, prisão de secretários da Saúde pela Polícia Federal e de secretário executivo de inteligência da Segurança Pública. O fato de ter se tornado réu por unanimidade no Superior Tribunal de Justiça (STJ) também é um fator de rejeição do governador.
No cenário nacional, de um lado, o senador do MDB conta com o apoio do ex-presidente Lula (PT), e do outro lado, o governador continua com presidente Jair Bolsonaro (UB), candidato à reeleição.
No plano regional, PT, PCdoB, PV e PSD mantiveram apoio à candidatura de Eduardo, que também ganhou a parceria da quinta colocada no pleito, a ex-juíza Carol Braz (PDT), que obteve mais de 73 mil votos no dia 2 de outubro.
Da redação