Manaus (AM) ─ O deputado estadual Wanderley Monteiro (Avante) foi expulso de seu partido, o Avante, após assinar o pedido de abertura da CPI do Asfalta Manaus, proposto pelo deputado Delegado Péricles. A decisão, tomada por unanimidade pela executiva estadual e municipal, foi oficializada na última segunda-feira (11/08) e é vista como uma resposta direta à atitude do parlamentar, que contrariou as diretrizes do partido.
A assinatura de Wanderley Monteiro foi crucial, pois garantiu o número de assinaturas necessário (oito) para que a CPI fosse instaurada na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
A investigação terá como foco o repasse de R$ 187 milhões do Governo do Amazonas para a Prefeitura de Manaus, comandada pelo prefeito David Almeida, que também é presidente do Avante no estado.
Fontes ligadas ao partido consideraram a ação do deputado como um “ato de rebeldia” e “traição”, uma vez que a sigla bancou sua campanha para a Aleam. Nos bastidores, a iniciativa é vista como um rompimento oficial entre Wanderley Monteiro e o prefeito David Almeida.
Enquanto isso, na Câmara Municipal de Manaus (CMM), os vereadores do Avante não assinaram o mesmo pedido de investigação, que ainda precisa de mais quatro assinaturas para avançar.
A CPI na Aleam investigará o programa “Asfalta Manaus” após a morte trágica da jovem Giovana Ribeiro e de seu bebê, em um acidente de moto causado por um buraco na Avenida Djalma Batista. O presidente da Casa, deputado Roberto Cidade (União Brasil), já afirmou que a proposta será pautada.
Da Redação
