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Manaus (AM) – A profissão de engenheiro de pesca vive um momento de merecido reconhecimento no Brasil, com crescente valorização e visibilidade. Responsáveis pela gestão dos recursos hídricos e pela produção sustentável de pescado, esses profissionais desempenham um papel estratégico na segurança alimentar e no desenvolvimento econômico do país.
Combinando conhecimento científico e inovação, os engenheiros de pesca planejam e implementam técnicas para conservar ecossistemas aquáticos, aumentar a produtividade pesqueira e impulsionar a aquicultura, reduzindo impactos ambientais. Em um país com vasto potencial hídrico, sua atuação é essencial para equilibrar exploração e preservação dos recursos naturais.
Uma das homenagens à categoria ocorreu na última quinta-feira (13/02), na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), em uma sessão especial alusiva ao Dia do Engenheiro de Pesca, comemorado em 14 de dezembro. O evento, inicialmente previsto para o final de 2024, foi transferido para este ano. A propositura foi do deputado estadual Comandante Dan Câmara (Podemos).
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM) teve três representantes homenageados na cerimônia: a presidente do Crea-AM, engenheira de pesca Alzira Miranda; a engenheira de pesca Dayse Silveira da Silva, membro da diretoria do Crea-AM; e Renan Amanajás, engenheiro de pesca e assessor da presidência.
Alzira Miranda recebeu a honraria por ser a primeira mulher engenheira de pesca a assumir a presidência de um Crea no Brasil. Cumprindo agenda em São Paulo, não pôde comparecer à cerimônia, mas celebrou o reconhecimento.
– Ser a primeira mulher e a primeira engenheira de pesca a presidir um Crea demonstra que estamos conquistando espaços cada vez maiores -, destacou. “Esses espaços podem ser ocupados por engenheiros de pesca, mas, principalmente, por mulheres, pois ainda há desafios a serem superados na questão de gênero dentro desse contexto”.
À frente do Crea-AM, Alzira tem fortalecido a fiscalização no setor primário, abrangendo a aquicultura e a produção de alimentos, além de reforçar o papel do Sistema Crea/Confea/Mútua na defesa dos direitos dos profissionais registrados no Conselho.
– A engenharia de pesca é um curso relativamente recente em comparação com outras engenharias no país, mas tem ganhado notoriedade pela importância na produção de alimentos, na conservação dos recursos pesqueiros, no manejo e no papel estratégico desempenhado por profissionais em secretarias estaduais, órgãos governamentais, universidades e centros de pesquisa -, enfatizou.
No próximo dia 19 de março, Alzira receberá o prêmio “Mulheres das Águas”, na categoria Gestão Pública e Privada, concedido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura.
Mais homenagens – A engenheira de pesca Dayse Silveira da Silva, também homenageada na Aleam, ressaltou a importância desse momento para a profissão.
– Estamos em cardume, juntos, celebrando nosso dia, nossas conquistas e vislumbrando novas possibilidades para a engenharia de pesca -, afirmou.
Já Renan Amanajás destacou a relevância do reconhecimento: “É um indicativo da representatividade da nossa profissão e da sua importância na produção de alimentos e no desenvolvimento sustentável”.
Outro momento marcante da solenidade foi a entrega do título de Cidadão do Amazonas ao engenheiro de pesca Ivo da Rocha Calado, que acumula 45 anos de serviços prestados à profissão.
O presidente da Associação dos Engenheiros de Pesca do Amazonas (AEP-AM), Marcondes Gonzaga Júnior, também homenageado, avaliou o cenário atual da categoria.
– Hoje, somos mais de 7 mil engenheiros de pesca no Brasil, e esta é a primeira vez que recebemos honrarias dessa magnitude. Isso comprova nosso trabalho, nosso compromisso e a importância da valorização da categoria -, concluiu.
Com informações da assessoria de imprensa