
Manaus (AM) ─ A Polícia Federal (PF) deve abrir novas frentes de investigações para apurar porque o governo do Amazonas, por intermédio do Fundo de Previdência Estadual (Amazonprev), aplicou R$ 50 milhões em 2024 na compra de títulos com o falido Banco Master, que não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
De acordo com a operação Compliance Zero, que resultou na prisão do dono do Master, Daniel Vorcaro, a Amazonprev fez uma aplicação de R$ 50 milhões no período de junho a setembro de 2024, durante a gestão do presidente Ary Renato Vasconcelos de Souza, indicado pelo governador Wilson Lima (União Brasil).
Ele foi substituído em 2025 pelo ex-deputado Evilazio Nascimento, irmão do ex-ministro dos Transportes, e presidente regional do PL, Alfredo Nascimento.
Além do Amazonas, também realizaram aplicações nos fundos do Master os governo do Rio de Janeiro (Rioprevidência) e Amapá, além da prefeitura de Maceió (AL), governos controlados politicamente por integrantes do Centrão ou filiados ao União Brasil (UB), comandado no Amazonas por Wilson Lima.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (Sintjam), Roberto Dávila Soares, as aplicações foram feitas sem autorização do colegiado e com alto risco de lesão ao erário público.
O caso foi denunciado pelo Sintejam ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que estão investigando a transação financeira depois da liquidação do Banco Master pelo Banco Central.
Veja a confirmação das aplicações:
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Da Redação

















