
Manaus (AM) – A crise na saúde pública do Amazonas se aprofunda com o anúncio de greve dos médicos radiologistas que prestam serviços essenciais à rede estadual. A paralisação, deflagrada pelo Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), tem início programado para a zero hora da próxima segunda-feira (15/12).
A decisão, tomada em Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 10 de dezembro, é resultado direto do “inadimplemento das verbas devidas” aos profissionais pela empresa ALS Soluções, contratada pelo governo do estado.
Segundo o Simeam, a dívida total referente aos plantões médicos regularmente prestados atinge o valor atualizado de R$ 1.926.005,63.
Este cenário ocorre em um ano em que o Governo do Estado do Amazonas possui um orçamento de mais de R$ 5 bilhões destinados à saúde, levantando questionamentos sobre a gestão dos recursos e a priorização do pagamento dos profissionais que mantêm o sistema funcionando.
O desafio da gestão ─ Enquanto o Estado possui um dos maiores orçamentos da região para a saúde, as constantes queixas da população e o não cumprimento de acordos financeiros com a categoria médica expõem falhas graves na administração dos serviços essenciais.
A greve dos radiologistas afeta diretamente a realização de exames cruciais como radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas, essenciais para o diagnóstico e o tratamento de pacientes em toda a rede pública.
O Simeam, no entanto, garantiu que a paralisação será parcial e pacífica, e que o serviço de emergência será mantido:
Serviço mantido: No mínimo, 40% dos profissionais contratados pela empresa ALS Soluções permanecerão em atividade.
Segurança: O sindicato assegurou que não haverá bloqueio de acesso às unidades nem comprometimento da vida e da saúde dos pacientes.
O Sindicato reiterou a disposição para um “diálogo institucional imediato” com as autoridades competentes para a recomposição das verbas e a restauração da regularidade dos serviços.
Da Redação








