Manaus (AM) ─ A Justiça Eleitoral do Amazonas adiou pela segunda vez o julgamento do processo de cassação do mandato do deputado federal Silas Câmara (Republicanos) após novo pedido de vista feito nesta quarta-feira (24/01) pelo juiz Marcelo Vieira. A votação foi remarcada para o dia 31 de janeiro.
O deputado federal foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE/AM) pelo crime de despesas ilícitas de recursos financeiros do partido durante a campanha eleitoral de 2022, a qual o parlamentar foi reeleito pela quarta vez. O julgamento já havia sido suspenso no dia 12 de dezembro de 2023 após o pedido do mesmo magistrado.
Marcelo Vieira justificou que o novo pedido de vista do processo aconteceu por conta da ausência da desembargadora Carla Reis, que está em viagem de férias. A magistrada já havia dado seu voto, em dezembro, quando a corte eleitoral formou maioria pela cassação de Silas Câmara. O juiz explicou que o pedido foi feito pois seu voto divergia da desembargadora.
Duas vagas ─ Além de emblemática, uma cassação do deputado Silas Câmara vai impactar diretamente na composição do novo cenário político na bancada federal. Isso porque os votos de Câmara seriam invalidados e causaria, por tabela, a perda do mandato do também deputado federal Adail Filho (PP), e abriria duas vagas diretas.
Uma delas beneficiaria o empresário Pauderney Avelino (União Brasil), que assumiu nesta semana a vaga de suplente do deputado federal Fasto Junior (UB), atual secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb). A segunda seria do atual presidente estadual do PL e ex-prefeito de Manaus, Alfredo Nascimento.
Da Redação