Manaus (AM) ─ Obras de pavimentação avaliadas em R$ 168,5 milhões em dois ramais da BR-174, na zona rural de Manaus, se tornaram alvos de um protesto de moradores e produtores rurais que denunciam o atraso e a lentidão na execução dos serviços.
Nesta quarta-feira (20/08), o bloqueio da rodovia na altura do ramal do Pau Rosa chamou a atenção para o contraste entre o montante de recursos anunciado pelo Governo do Amazonas e a realidade de vias precárias que dificultam o escoamento da produção e o acesso a serviços básicos.
Os moradores dos ramais do Pau Rosa e da Cooperativa afirmam que as obras, anunciadas em março de 2022 com a promessa de conclusão até novembro de 2023, estão significativamente atrasadas.
De acordo com dados da própria administração estadual, o ramal da Cooperativa, que recebeu um investimento de R$ 88,5 milhões (em 33,43 km de extensão), tem apenas 36% das obras concluídas.
A situação é ainda pior no ramal do Pau Rosa, que com um contrato de R$ 80 milhões (para 30,24 km), tem apenas 26% de avanço.
A discrepância entre os valores milionários e a pouca evolução das obras levanta sérios questionamentos sobre a aplicação dos recursos públicos. As más condições das estradas, que deveriam estar revitalizadas, afetam diretamente a vida de centenas de famílias e comprometem a economia local.
A manifestação de hoje, que inclusive impediu a visita de uma comitiva internacional, serve como um alerta contundente para que os órgãos de controle e fiscalização, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) e o Ministério Público do Estado (MP-AM), investiguem a situação.
Os moradores cobram explicações e transparência sobre o andamento dos projetos. A comunidade espera que, diante do valor expressivo dos contratos e da importância das vias para a região, haja uma resposta rápida e efetiva que garanta a conclusão das obras e a melhoria da qualidade de vida na zona rural de Manaus.
Da Redação
