Laboratório Artístico Cênica Corporal seleciona jovens das periferias de Manaus

Projeto idealizado por Francisco Rider está com inscrições abertas até o dia 24 de maio ─ FOTO: Divulgação  

 

Manaus (AM) ─ O Laboratório Artístico Cênica Corporal, idealizado por Francisco Rider, da Cênicas Corporais Uma, vai selecionar jovens das periferias de Manaus para a primeira edição do projeto que acontece no mês de junho. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo contato [email protected] até o dia 24 de maio.

De acordo com Francisco Rider, a ideia é oferecer a Manaus um projeto artístico para artistas e jovens da periferia, maiores de 16 anos e abaixo de 32 anos, num formato de laboratório artístico com práticas cênicas e corporais.

─ O Laboratório Artístico Cênica Corporal propõe a criação, a formação, a pesquisa e a reflexão sobre a presença cênica do artista, seja bailarino, dançarino, de danças urbanas, populares ou do folclore; ou performers de outras artes, como teatro, performance, música, circo, artes visuais, entre outras-, destacou.

Francisco Rider pontua que os 15 candidatos selecionados após uma aula prática, no dia 30 de maio, recebem uma bolsa incentivo no valor de R$ 850. A lista final de contemplados vai ser divulgada no perfil do projeto no Instagram (@labcenicacorporal).

Para ele, desta forma, os selecionados terão o mínimo para se concentrar nas atividades, em um ambiente propício para investigar e experimentar plenamente as propostas oferecidas pela iniciativa que têm como foco principal a pesquisa sobre a presença cênica.

Programação ─ As atividades do Laboratório Artístico Cênica Corporal acontecem entre 2 e 27 de junho, de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h.

Rider comentou que são três horas de aula, durante quatro semanas, em diferentes pontos da cidade, também para levantar possibilidades de explorar espaços.

─ A cidade não é cenário, mas organismo vivo onde há processos culturais e territórios importantes de se vivenciar e assim, abordá-lo como um laboratório artístico e cultural. Os jovens, coletivamente, podem propor lugares dos seus imaginários culturais, sobre esses outros territórios de pertencimento -, completa o mediador.

Nos dias 28 e 29 de junho, das 16h às 17h, os jovens participam de uma mostra dos processos desenvolvidos.

Critérios de seleção ─ Para se inscrever, os candidatos devem enviar uma carta de interesse, com o motivo para participar do projeto, se tem ou teve acesso às artes cênicas ou dança contemporâneas, a relação com a comunidade em que vive, como se mantém economicamente com a família e a renda mensal, e uma mini bio, que não precisa experiência nas artes; além de um comprovante de residência, para compor o mapeamento de alcance do laboratório itinerante.

Todos os inscritos vão receber um comunicado, por e-mail, sobre dia, local e hora do processo seletivo prático.

O projeto, contemplado no Edital da Lei Paulo Gustavo, tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa; Conselho Estadual de Cultura (Conec), Fundação Nacional de Artes (Funarte), Ministério da Cultura e Governo Federal – Brasil União e Reconstrução.

Perfil ─ Francisco Rider é um artista amazônida, de Manaus, que envolve na sua poética um diálogo artístico que rompe as fronteiras entre dança, teatro, performance e artes visuais, em que propõe realizar ações com e para ambientes públicos da cidade como um laboratório artístico, entre outras propostas em lugares fechados.

Iniciou sua trajetória artística em 1980; vivendo e trabalhando artisticamente entre Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque e nos últimos anos na cidade de Manaus. Foi bolsista pela Fundação Vitae de São Paulo (1995) e pela Fundação Capes/Mec com bolsa artista de aperfeiçoamento, para estudos na Movement Research (New York City-1996-1998). Nesta cidade mostrou suas obras em espaços da cena alternativa novaiorquina, como: The Kitchen, Judson Church, Performance Space 122, Dixon Place, Here Art center, Improvisation Festival NYC, entre outros.

Sua proposta de formação e pesquisa em artes tem reverberações de artistas mestres com quem fez aulas e workshops no Brasil e em Nova Iorque: Marilena Ansaldi, Célia Gouvêa, Penha de Souza, Maurice Vaneau, Trisha Brown, Simone Forti, Deborah Hay, Yvonne Meir, K. J. Holmes, Eiko/Koma, David Zambrano, Steven Paxton, Jennifer Monson, entre outros. Com o projeto Brincar, Jogar, Criar (para crianças de 6 a 12 anos) foi premiado com o Prêmio Funarte Klauss Vianna de Formação e indicado na seleção nacional ao Prêmio Select de Arte e Educação.

Rider é Doutorando em Artes Visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGAV/UFRGS). Seu mais recente trabalho, a peça teatral “Huma/”, foi agraciado com Melhor Direção (Francisco Rider); e indicado à Melhor Dramaturgia (F. Rider) no XVIII Festival de Teatro da Amazônia (2014).

 

Com informações da assessoria de imprensa

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