
Manaus (AM) – O Governo de Wilson Lima enfrenta uma nova e grave crise, que ameaça diretamente a saúde de mais de 33 mil professores da rede estadual de ensino do Amazonas. Além das recorrentes denúncias de sucateamento da saúde pública no estado, a gestão agora corre o risco de deixar de pagar o plano de saúde da principal empresa que atende aos servidores da Educação, a Hapvida Assistência Médica.
Trata-se de uma dívida estratosférica de R$ 57.275.109,25, referente a faturas pendentes desde 2022, coloca em xeque a assistência médica dos professores e outros profissionais da Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino (Seduc-AM).
A Hapvida já emitiu um ofício formal à secretaria de Educação, Rosana Aparecida Freire Nunes, alertando para a iminente suspensão dos serviços caso o montante não seja regularizado.
Veja o comunicado:
A inadimplência não é apenas um problema financeiro; ela “compromete severamente o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, infringindo o princípio da continuidade dos serviços e colocando em risco a execução adequada das atividades”, conforme apontou a representante da Hapvida.
Este cenário é um reflexo alarmante da falta de prioridade e do descompasso na gestão do governo Wilson Lima. Enquanto a população amazonense já sofre com hospitais sucateados, filas para atendimento e falta de insumos básicos, agora, a ameaça de desassistência atinge uma categoria fundamental para o futuro do estado: os educadores.
A incapacidade de honrar compromissos financeiros básicos, como o pagamento de planos de saúde de seus próprios servidores, é um sintoma claro de uma gestão que se mostra ineficaz e descompromissada com o bem-estar de seus funcionários e, por consequência, com a qualidade dos serviços públicos.
Deixar milhares de professores sem plano de saúde não é apenas um problema administrativo; é uma profunda desvalorização da categoria e um descaso com a vida e a saúde de quem dedica a vida à formação de novas gerações.
A omissão do governo em resolver essa dívida pode gerar um caos ainda maior na saúde dos servidores da educação, forçando-os a recorrer a um sistema público já sobrecarregado ou a arcar com custos altíssimos de atendimento particular.
A sociedade amazonense exige respostas e, mais do que isso, exige que o governo de Wilson Lima priorize a saúde de seus servidores e a estabilidade dos serviços essenciais no estado.
Da Redação