Manaus (AM) – Em meio a uma grave crise que assola o Amazonas em áreas nevrálgicas como a Segurança Pública, Saúde e Educação, o governo estadual anunciou, nesta segunda-feira (02/06), um remanejamento em seu secretariado.
As mudanças, no entanto, focam em pastas que, embora importantes, não respondem diretamente pelos problemas mais urgentes e que têm gerado maior clamor popular, levantando questionamentos sobre as prioridades da gestão estadual.
As alterações foram confirmadas no comando da Secretaria de Desporto e Lazer (Sedel), Secretaria de Administração (Sead), Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) e Agência Amazonense de Turismo (Amazonastur).
Confira as mudanças e os perfis dos novos titulares:
Secretaria de Desporto e Lazer (Sedel):
Sai: Jorge Elias Oliveira
Entra: Diego Américo Costa. Advogado, Diego Américo Costa é um nome conhecido na administração pública municipal de Manaus, com experiência anterior como secretário de Juventude, Esporte e Lazer (Semjel) na Prefeitura. Sua atuação anterior em pastas ligadas ao esporte e juventude o credencia para a nova função.
Secretaria de Administração (Sead):
Sai: Fabrício Barbosa
Entra: Vivaldo Michiles Neto. Bacharel em Sistema de Informação, Vivaldo Michiles Neto já integrava a própria Sead, onde atuava como secretário de Bens Patrimoniais e Gastos Públicos da pasta. Sua ascensão sinaliza uma aposta na continuidade e no conhecimento interno da máquina administrativa.
Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama):
Sai: Danilson Lopes Gama
Entra: Deisiane de Souza. Administradora de formação, Deisiane de Souza traz consigo experiência relevante na área de saneamento, que será fundamental para os desafios de gestão da companhia responsável pela água e esgoto em muitos municípios do interior do estado.
Agência Amazonense de Turismo (Amazonastur):
Sai: Ian Henderson Ribeiro
Entra: Marcel Alexandre. Ex-vereador de Manaus, Marcel Alexandre é uma figura política conhecida na capital. Sua entrada na Amazonastur indica uma aposta na sua capacidade de articulação política para impulsionar o setor turístico do estado.
Apesar das movimentações, a crítica subjacente é a ausência de mudanças nas pastas mais problemáticas da administração estadual. Áreas como a Segurança Pública, que convive com dívidas milionárias, sucateamento de delegacias e o domínio crescente de facções criminosas.
A Saúde, frequentemente apontada por seu colapso e falta de estrutura; e a Educação, com desafios como a falta de renovação do convênio do Passe Livre Estudantil e escolas em condições precárias, continuam sem alterações em seus comandos.
As mudanças pontuais no secretariado podem ser vistas como um ajuste de rotina, mas a falta de intervenção nas crises mais agudas sinaliza uma postura do governo em manter a mesma estratégia, mesmo diante de um cenário que exige soluções urgentes e diretas para os problemas que afetam a vida diária dos amazonenses.
Da Redação
