
Manaus (AM) ─ A prisão de Sophia Livas de Morais Almeida por policiais civis do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), em uma academia na capital amazonense, revelou um drama ainda mais chocante e revoltante: a falsa médica estaria atendendo, com grave irresponsabilidade, crianças cardiopatas em estado severo em hospitais públicos de Manaus.
A notícia da atuação fraudulenta de Sophia já era alarmante, mas a descoberta de que seus “cuidados” se estendiam a pacientes tão vulneráveis eleva a indignação a um novo patamar. A angústia e o desespero de pais que depositam suas últimas esperanças em profissionais da saúde foram brutalmente traídos pela suposta criminosa.
Em um cenário onde a fragilidade da vida é latente, especialmente a de crianças com condições cardíacas graves, a atuação de uma pessoa sem qualquer qualificação médica representa um risco iminente e incalculável. Cada diagnóstico errado, cada “prescrição” inadequada, poderia ter sido um golpe fatal para pequenos corações que já lutam para sobreviver.
As investigações da Polícia Civil revelaram que Sophia Almeida se apresentava como médica, utilizando de artifícios para iludir pacientes e suas famílias. O horror de imaginar pais, já exaustos pela batalha contra uma doença tão complexa em seus filhos, confiando cegamente em alguém que, na verdade, exercia ilegalmente a profissão, é inaceitável.
Quantas consultas falsas foram feitas? Quais “tratamentos” foram ministrados a esses pequenos guerreiros que necessitam de cuidados especializados e rigorosos?
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A detenção de Sophia, que ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão preventiva, é um passo crucial para que a justiça seja feita. A Polícia Civil intensifica agora a apuração para identificar o número exato de vítimas e as proporções desse crime que transcende a esfera financeira e toca diretamente a vida e a esperança de famílias inteiras.
O delegado do 1º DIP, Cícero Túlio reforça o alerta à população: a verificação do registro profissional de médicos junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) é um ato de autoproteção fundamental.
A triste realidade exposta pelo caso de Sophia Livas de Morais Almeida em Manaus serve como um doloroso lembrete da importância vital da fiscalização e da denúncia para proteger os mais vulneráveis em nossa sociedade. As famílias dessas crianças cardiopatas merecem respostas e, acima de tudo, que a irresponsabilidade e a crueldade sejam punidas exemplarmente.
Da Redação