Manaus (AM) ─ A largada do jogo para a eleição municipal de 2024 nem mesmo começou e o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) vê, às vésperas do processo político, a sua pretensão de concorrer à reeleição sendo ameaçada pelo grupo que ele apoiou nas eleições do ano passado.
Nesta quinta-feira (16/03), uma “manobra política” do governador Wilson Lima (União Brasil) tirou o Partido Progressistas (PP) das mãos do vice-prefeito Marcos Rotta. A legenda era a preferida de David Almeida para concorrer à reeleição, por conta do volumoso Fundo Eleitoral e do tempo de TV.
O PP agora será comandado pelo diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM), Rodrigo de Sá, um dos homens de confiança do governador. A mudança acontece uma semana do prazo de validade da Comissão Provisória que administrava o partido no Amazonas.
No grupo político do prefeito, o episódio é tido como o segundo que Wilson Lima “manobra” em direção contrária ao acordo político para a reeleição do prefeito. No início deste ano, o governador “fechou as torneiras” do governo estadual na parceria com a prefeitura no projeto “Asfalta Manaus”.
Parceria esgarçada ─ Com isso, David Almeida teve que recorrer a mais um empréstimo, desta vez, no valor de R$ 600 milhões para bater a promessa de campanha da reeleição do governador feita ano passado de asfaltar 10 mil ruas em Manaus. Agora, com o episódio da direção do PP, a “parceria” tende a se esgarçar ainda mais.
Marcos Rotta, que assume a chefia da Casa Civil nesta sexta-feira (17/03) se mostrou chateado com a decisão do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI). Ele disse que vai conversar com o prefeito e avaliar o estrago e a sua permanência no partido.
Do lado do governador, nesta quinta-feira (16/03), a assessoria de Wilson Lima comemorou a retirada do PP do grupo de David Almeida. Em nota distribuída à imprensa, o governador tratou o assunto como “mais uma vitória do grupo”.
Veja a decisão da Executiva do PP:
Da Redação
