
Manaus (AM) ─ Um grave incidente chocou a comunidade escolar de Manaus nesta quinta-feira (22/05). Na Escola Estadual Professora Alice Salerno Gomes de Lima, na rua 7, no Parque Dez de Novembro, zona Centro-Sul de Manaus, um adolescente de 15 anos esfaqueou um colega de 16 anos no pescoço durante um desentendimento.
O agressor, apreendido com duas facas, foi encaminhado à Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deai). Felizmente, a vítima foi rapidamente socorrida e já está em casa.
Este episódio brutal serve como um alerta severo para a crescente onda de violência nas escolas, muitas vezes alimentada pelo bullying. Em um mês em que o Brasil reforça a conscientização sobre o bullying (com o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola em 7 de abril e o Dia Mundial contra o Bullying em 2 de maio), este caso em Manaus destaca a urgência de uma ação coordenada.
A violência com faca dentro de uma instituição de ensino é um sintoma alarmante de problemas mais profundos. O bullying, com suas agressões físicas, verbais e psicológicas, pode escalar para desfechos trágicos como este. É fundamental que órgãos públicos e as famílias se unam para combater essa realidade.
A Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc-AM) lamentou o ocorrido e informou que acompanha o caso. No entanto, a situação exige mais do que acompanhamento: demanda políticas públicas eficazes de prevenção, programas de conscientização contínuos, e um ambiente escolar onde o diálogo e a identificação de comportamentos agressivos sejam prioridade.
Papel das famílias ─ Para as famílias, o incidente é um lembrete doloroso da necessidade de estar atento aos sinais de bullying, tanto em quem sofre quanto em quem pratica. Conversar abertamente com os filhos sobre respeito, empatia e a importância de denunciar qualquer forma de violência é crucial.
Para os órgãos públicos, o desafio é criar canais de denúncia seguros e eficientes, oferecer apoio psicológico às vítimas e agressores, e capacitar educadores para identificar e intervir em situações de bullying antes que elas escalem para a violência física. A escola deve ser um porto seguro, e não um palco para tragédias.
Quantos mais casos como este serão necessários para que o combate ao bullying se torne uma prioridade inadiável em nossas escolas?
Da Redação