
Manaus (AM) ─ Em pronunciamento na tribuna da Câmara Federal, nesta terça-feira (16/09), o deputado federal Átila Lins (PSD) apresentou uma nota de repúdio contra a recente operação da Polícia Federal (PF) voltada à repressão do garimpo ilegal nos municípios de Manicoré e Humaitá, no rio Madeira.
O parlamentar criticou a forma abrupta e o que chamou de “afundamento de embarcações” por parte da PF, alertando para o impacto negativo e o “garimpo” como principal fonte de sustento para as comunidades afetadas.
Segundo a nota de protesto lida por Lins, a ação da PF em outras localidades, como Humaitá, evidenciou a “urgente necessidade de medidas efetivas de prevenção e responsabilização”.
O deputado reafirmou o compromisso com a justiça e o respeito aos direitos humanos, mas também cobrou agilidade e transparência por parte das autoridades, garantindo que episódios traumáticos não se repitam.
Veja a nota de protesto:
Átila Lins lamentou que a data da ação tenha coincidido com a celebração da Padroeira em Manicoré, um evento tradicional de fé, união e respeito, mas que, segundo ele, foi “violentamente marcado por atos de força desproporcionais”.
O parlamentar enfatizou a importância de respeitar o papel das instituições e a necessidade de que trabalhadores sejam tratados com dignidade, sem distinção, e que alternativas sejam apresentadas para garantir a sobrevivência de suas famílias.
─ É dever do Estado assegurar que a lei seja aplicada com justiça, equilíbrio e humanidade. O que se presenciou em Manicoré foi um ato que fere não apenas a dignidade daqueles que dependem de seu trabalho, mas também a própria harmonia de uma cidade que, em sua data mais simbólica, foi ferida em sua fé e em sua história -, declarou o deputado.
O parlamentar concluiu manifestando seu fervoroso protesto contra tais práticas e conclamou as autoridades competentes a adotarem uma postura de diálogo, respeito e proporcionalidade.
Ele defendeu que a defesa do meio ambiente e da legalidade “não pode ser usada como justificativa para a destruição indiscriminada de vidas e sonhos”. Para Átila Lins, Humaitá e Manicoré merecem respeito, e sua gente “merece dignidade!”.
A nota lida pelo deputado federal levanta questionamentos sobre a metodologia da operação da Polícia Federal, sugerindo que a destruição de embarcações e a forma de abordagem causaram prejuízos desproporcionais às comunidades, cujas economias locais estariam fortemente atreladas à atividade garimpeira.
A declaração de Lins aponta para a necessidade de equilíbrio entre a repressão ao garimpo ilegal e a garantia da subsistência das populações afetadas, clamando por soluções mais humanitárias e sustentáveis.
Com informações da assessoria de imprensa








