
Por Lucyane Mendes Silva*
No dia 8 de julho, o Brasil celebra o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, uma data que marca a importância da produção de conhecimento para o desenvolvimento social, econômico e tecnológico do país. A data foi instituída em homenagem à fundação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 1948 – instituição que, desde então, tem sido protagonista na promoção da ciência como instrumento de transformação.
Neste dia, reconhecemos não apenas as grandes descobertas que mudaram a história, mas também o esforço diário de milhares de cientistas brasileiros que, mesmo diante de desafios estruturais, financeiros e políticos, mantêm viva a chama da curiosidade, da inovação e do compromisso com a verdade.
A ciência é, por essência, um bem coletivo. Ela está presente na vacina que salva vidas, no alimento que chega à mesa, na tecnologia que facilita a comunicação, nos estudos que orientam políticas públicas e nas soluções sustentáveis que garantem o equilíbrio entre progresso e preservação ambiental. Valorizar a ciência é, portanto, valorizar o futuro.
Contudo, os pesquisadores brasileiros enfrentam obstáculos significativos, como a escassez de recursos, a descontinuidade de investimentos e a fuga de talentos para o exterior. A data de hoje é, também, um convite à reflexão: qual o lugar que estamos dando à ciência no nosso projeto de nação?
O incentivo à pesquisa e à formação científica deve ser uma prioridade estratégica. Investir em ciência é investir na soberania nacional, na competitividade econômica e na construção de uma sociedade mais justa e informada. É preciso fortalecer as universidades, ampliar os editais de fomento, valorizar o papel dos cientistas e, acima de tudo, garantir condições dignas para que o conhecimento floresça.
Neste Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador, celebremos aqueles que dedicam suas vidas à produção do saber. Que a data sirva de inspiração para reafirmarmos nosso compromisso com a ciência como pilar essencial da democracia, do progresso e da dignidade humana.
*Lucyane Mendes Silva, docente dos Cursos da Saúde da Wyden