Professor Marcão vence primeiro turno, e polarização ideológica marca disputa pela reitoria da Ufam

Marcos Antônio e Tanara Lauschner vão disputar o segundo turno no dia 14 de abril ─ FOTO: Reprodução  

 

Manaus (AM) ─ A eleição para reitor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) evidenciou a crescente polarização ideológica no ambiente acadêmico. O professor Marcos Antônio de Freitas, o “Marcão”, da chapa 25 ─ “Por uma Ufam que humaniza, inclui e transforma”, venceu o primeiro turno com 33,27% dos votos e disputará a segunda e decisiva etapa contra a professora Tanara Lauschner, que o seguiu de perto, com apenas 0,03% de diferença.

 

O segundo turno, marcado para a próxima segunda-feira (14/04), com votação online das 8h às 20h pelo sistema Helios, colocará em lados opostos candidatos com fortes laços com espectros políticos distintos. A vitória no primeiro turno exigiria mais de 50% dos votos válidos, o que não foi alcançado por nenhuma das chapas.

 

Marcos Antônio, embora conhecido no meio acadêmico por sua postura apartidária em eleições anteriores, nesta disputa contou com um apoio de peso ligado à direita amazonense.

 

A reitora da influente Faculdade Fametro, Maria do Carmo Seffair, que comanda o Partido Novo no Amazonas e foi candidata à vice-prefeita em 2024 na chapa do deputado federal Capitão Alberto Neto (PL), declarou seu apoio a “Marcão”. Essa aliança explicita o posicionamento da direita no pleito pela reitoria da UFAM.

 

Do outro lado, Tanara Lauschner, que lidera a chapa “Mudança!”, representa a esquerda na disputa. Ela conta com o apoio declarado do presidente regional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Eron Bezerra, figura histórica da esquerda no Amazonas. Além disso, Tanara ocupou até recentemente o cargo de subsecretária para a Amazônia no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações do governo Lula da Silva (PT), consolidando sua ligação com o campo progressista.

 

A expressiva participação no primeiro turno, com mais de 12 mil votos de um total de 34 mil membros da comunidade acadêmica aptos a votar, demonstra o engajamento da UFAM com o processo eleitoral e a importância da escolha para o futuro da instituição.

 

O segundo turno se configura como um confronto direto entre as visões de direita, representada pelo apoio a Marcos Antônio, e de esquerda, personificada pela candidatura de Tanara Lauschner, definindo os rumos da principal universidade pública do Amazonas nos próximos anos.

 

Da Redação

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