Concessionárias de luxo são alvos de operação da Polícia Federal em Manaus e no RJ  

  Duas das principais concessionárias de veículos de luxo de Manaus são acusadas de sonegação e lavagem de dinheiro ─ FOTO: Divulgação/PF  

 

Manaus (AM) ─ A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (16/01), a operação Creditum cumpriram mandados judiciais de busca e aprenssão em Manaus e no município de Manacapuru, cidade da Região Metropolitana distante 87 quilômetros da capital amazonense.

 

A ação policial contou com o apoio de agentes da Receita Federal e investiga grupo criminoso que atua na fraude em financiamento de veículos de luxo, sonegação fiscal, falsificação ideológica e lavagem de dinheiro.

 

De acordo com a PF, o esquema movimentou mais de R$ 15 milhões e teve como alvos as concessionárias Audi Center Manaus, no bairro Chapada, zona Centro-Sul, e Automix Exclusive Motors, no bairro Alvorada, zona Centro-Oeste.

 

A operação mobilizou 60 policiais federais e 15 servidores da Receita Federal, que também cumpriram ordens judiciais no Rio de Janeiro (RJ). Os mandados também abrangem o sequestro e a indisponibilidade de bens móveis e imóveis dos investigados.

 

A investigação realizada pela Polícia Federal apontou que os alvos da operação obtinham, mediante fraude, diversos financiamentos de veículos de luxo, com descontos angariados por meio de benefício fiscal. O objetivo é revender os veículos financiados para terceiros sem o conhecimento da instituição bancária.

 

“Laranjas” ─ Os financiamentos eram obtidos por meio de empresas, tanto em nome dos investigados quanto em nome de “laranjas”. Para tanto, os investigados falsificavam documentos e contavam com a participação de funcionários/gerentes/diretores de instituição financeira e de concessionárias de veículos.

 

O nome da operação, “creditum”, vem do latim e significa “coisa confiada”. O grupo criminoso repassava veículos de luxo, obtidos mediante fraude, para terceiros compradores sem realizar a transferência de propriedade, ou seja, eram baseadas na confiança.

 

Os envolvidos poderão ser responsabilizados pelos crimes de obtenção de financiamento mediante fraude, sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, entre outros. A soma das penas previstas para os delitos investigados pode alcançar até 21 anos de reclusão.

 

Da Redação com informações da assessoria de imprensa

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