Reajuste da passagem de ônibus em Manaus será acompanhado pelo Ministério Público  

  O objetivo de garantir que os critérios adotados estejam em conformidade com os direitos dos consumidores ─ FOTO: Divulgação  

 

 

Manaus (AM) ─ O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) instaurou, nesta quarta-feira (09/01), um procedimento administrativo para acompanhar e fiscalizar o reajuste do custo integral da passagem de ônibus de R$ 7,50 para R$ 8,10 no transporte coletivo urbano convencional previsto para ser anunciado pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) em fevereiro.

 

O processo ficará a cargo da promotora de Justiça, Sheyla Andrade dos Santos, titular da 81ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa do Consumidor (81ª Prodecon) e tem como investigados o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).

 

O objetivo de garantir que os critérios adotados estejam em conformidade com os direitos dos consumidores.

 

O prefeito de Manaus explicou que o valor integral subirá dos atuais R$ 7,50 — a população desembolsa R$ 4,50, por conta do subsídio da prefeitura — para R$ 8,10. Segundo o prefeito, o aumento visa recompor a remuneração dos trabalhadores rodoviários e está atrelado aos subsídios pagos pela Prefeitura, que somaram R$ 520 milhões em 2024 para equilibrar o sistema.

 

Ele destacou ainda que, neste ano, será avaliado o montante a ser subsidiado para minimizar os impactos do novo reajuste, conforme noticiado pela imprensa neste início de ano.

 

Segundo a promotora de Justiça, Sheyla Andrade dos Santos, a medida busca assegurar a transparência e a razoabilidade nos critérios que fundamentam o reajuste tarifário. Para tanto, o MPAM requisitou ao IMMU, no prazo de 10 dias, a apresentação de cópias integrais dos estudos e pareceres técnicos utilizados para embasar a alteração no valor da tarifa.

 

Além disso, foi solicitado ao Sinetram o envio de dados detalhados sobre os custos operacionais e financeiros do sistema de transporte coletivo, informações essenciais para analisar a justificativa apresentada para o aumento.

 

A portaria prevê a análise das respostas pela 81ª Prodecon, que avaliará a conformidade das justificativas com os princípios de legalidade, publicidade e economicidade. O objetivo é garantir que qualquer reajuste tarifário respeite a modicidade da tarifa, de forma a minimizar impactos sobre os consumidores, sobretudo os mais vulneráveis, que dependem do transporte público diariamente.

 

Critérios e impacto ─ O transporte coletivo urbano, reconhecido como serviço essencial, desempenha um papel crucial na mobilidade da população de Manaus. Por isso, o MPAM ressalta a importância de que eventuais alterações tarifárias sejam conduzidas com responsabilidade e alinhadas aos princípios legais e econômicos. Para a promotora Sheyla Andrade, a transparência e a proteção dos direitos dos consumidores são pontos centrais do procedimento instaurado.

 

Com informações da assessoria de imprensa

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