Manaus (AM) ─ O diretor do Departamento de Polícia Científica do Piauí, Antônio Nunes, informou nesta segunda-feira (18/11) que um laudo técnico do Instituto de Medicina Legal (IML) será fundamental para determinar se as irmãs Jocinéia Dias da Silva, de 23 anos, e Francinete Pereira da Silva Neta, 24, sofreram tortura antes de serem assassinadas ou se até mesmo foram enterradas ainda com vida.
Segundo Nunes, os materiais coletados nos corpos das vítimas estão sendo analisados em diversos laboratórios especializados, incluindo patologia forense. “As lesões encontradas estão sendo examinadas para determinar se foram feitas enquanto as vítimas estavam vivas ou já após a morte. Essa análise é crucial para caracterizar se houve tortura”, destacou o diretor.
Já o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, conhecido como “Barêtta”, revelou que as irmãs desapareceram após pegar uma corrida por aplicativo.
Antes disso, deixaram seus filhos aos cuidados de terceiros: uma menina de 4 anos foi entregue a familiares, enquanto um menino de 6 anos foi deixado em uma Unidade Básica de Saúde na região de Santa Maria da Codipi.
Investigações preliminares apontam que as vítimas tinham envolvimento com membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), mas estariam se relacionando com integrantes de uma facção rival, o que pode ter motivado o crime.
Os corpos das irmãs foram encontrados no último sábado (16/11), em uma cova rasa no Residencial Edgar Gayoso, zona norte de Teresina. Ambos apresentavam sinais de violência, incluindo o couro cabeludo danificado, indicando que tiveram os cabelos raspados antes de serem mortas.
O laudo, que deve ser concluído em cerca de 10 dias, será essencial para confirmar a dinâmica e as circunstâncias do crime. “Estamos conduzindo o caso com todo o rigor técnico e ético necessário, utilizando nossa infraestrutura e conhecimento científico para esclarecer os fatos”, garantiu Nunes.
Com informações do site AMPost