
Manaus (AM) ─ A Secretaria de Estado de Proteção Animal (Sepet-AM), criada recentemente pelo governo estadual, tornou-se o palco de uma intensa manobra política do União Brasil, que gera instabilidade na causa animal e um efeito cascata nos legislativos estadual e municipal.
A deputada estadual licenciada Joana Darc foi exonerada do cargo nesta terça-feira (17/11) após uma passagem relâmpago de apenas 45 dias à frente da pasta, que assumiu em 30 de setembro.
Em seu retorno à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a parlamentar fez questão de destacar que sua permanência será “por um breve período”, o que sugere que a movimentação tem fins estritamente políticos e não administrativos.
O curto prazo e o efeito dominó ─ A rápida saída de Joana Darc (que já havia sido precedida por uma gestão-relâmpago da titular anterior) expõe o uso da Sepet-AM como moeda de troca e causa um “efeito dominó” no cenário político:
Com o retorno de Joana Darc à Aleam, a suplente Professora Jacqueline (União Brasil) é obrigada a deixar a cadeira estadual e reassumir seu mandato na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Na base dessa troca, o suplente Amauri Gomes (também do União Brasil) perde o mandato mais uma vez.
A sucessão de mudanças no comando da Sepet em pouco mais de um mês, todas chanceladas pelo governador Wilson Lima, coloca em xeque a capacidade da secretaria de consolidar políticas públicas para a proteção animal.
A declaração de Joana Darc sobre um retorno “breve” reforça as suspeitas nos bastidores de que o movimento visa auxiliar o governo em votações importantes na Aleam, sugerindo que o Executivo busca reforçar sua base aliada com peças estratégicas em detrimento da estabilidade administrativa na Secretaria de Proteção Animal.
Para o lugar de Joana Darc, o governador nomeou Edgar Duarte Nogueira, que ocupava o cargo de secretário executivo e é apontado como figura próxima ao marido da deputada, Aldenor Lima, o que reforça a natureza política da indicação.
Da Redação







