Vereador Rosinaldo Bual é preso em Manaus suspeito de “rachadinha”  

Agentes do Gaeco cumpriram mandados de prisão, busca e apreensão dentro da Câmara de Manaus ─ FOTO: Reprodução

 

Manaus (AM) – O vereador Rosinaldo Bual (Agir) foi alvo de uma operação deflagrada nesta sexta-feira (03/10) pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). A ação resultou na prisão do parlamentar e de dez assessores ligados ao seu gabinete.

O vereador é suspeito de praticar “rachadinha”, o esquema ilegal em que o agente público exige a devolução de parte do salário dos funcionários em troca da manutenção do cargo.

Esse tipo de delito, embora negado por políticos, é recorrente e notório no parlamento brasileiro, sendo investigado em diversas esferas, e há suspeitas de que outros vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) também estejam envolvidos no ilícito.

Durante a manhã, equipes do MP-AM e da Polícia cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em diferentes pontos da capital, incluindo o gabinete de Rosinaldo Bual na CMM.

Histórico levanta suspeitas: o roubo de R$ 130 mil em espécie ─ As investigações atuais se somam a um fato anterior que gerou questionamentos sobre as finanças do parlamentar: em abril deste ano, o afilhado e assessor do vereador, o estudante Gabriel Ferreira Barbosa, foi preso pela Polícia Civil sob acusação de roubar R$ 130 mil em espécie de um cofre na residência de Bual.

A notícia, veiculada no dia 28 de abril pelo portal amazonas365, levantou dúvidas sobre a origem e a razão para o parlamentar manter uma quantia tão expressiva de dinheiro vivo em casa, um cenário que, agora, pode ser relacionado às acusações de corrupção e “rachadinha”.

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MP-AM detalhará as investigações ─ Embora os detalhes não tenham sido oficialmente divulgados, o MP-AM informou que realizará uma coletiva de imprensa às 10h, na sede do órgão, para apresentar os desdobramentos da investigação.

O Gaeco aponta para a atuação de uma organização criminosa estruturada dentro do legislativo municipal, indicando que a operação faz parte de um combate mais amplo ao crime organizado e à corrupção no Amazonas.

Da Redação, com informações da assessoria de imprensa

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