
Manaus (AM) ─ Neste dia 5 de abril, completam-se 11 anos da partida de José Wilker, um dos maiores ícones da cultura brasileira, orgulho do Ceará e um artista que personificou o protagonismo da nossa gente.
Ator, diretor, dramaturgo, crítico e apaixonado pelo cinema, Wilker transcendeu gerações e permanece vivo na memória do público, não apenas como um talento singular, mas como um farol para as futuras gerações de artistas brasileiros.
Nascido em Juazeiro do Norte, no coração do Cariri cearense, em 1944, Wilker trilhou um caminho artístico que o levou do teatro popular em Recife aos palcos e telas de todo o Brasil. Sua trajetória é um testemunho do poder transformador da arte e da capacidade dos artistas brasileiros de conquistar o mundo com sua genialidade.
Wilker presenteou o público com uma galeria de personagens inesquecíveis, que se tornaram parte do imaginário brasileiro. Além do irreverente Vadinho em “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, do carismático Roque Santeiro e do inesquecível Giovanni Improtta, com seus bordões que ecoam até hoje, destacam-se:
■ Mundinho Falcão ─ Em “Gabriela”, Wilker deu vida ao jovem idealista que lutava contra o poder dos coronéis, um papel que marcou sua estreia na televisão e já demonstrava seu talento para personagens complexos.
■ Marcelo Rossi ─ Em “A Próxima Vítima”, o ator interpretou um vilão charmoso e manipulador, mostrando sua versatilidade e capacidade de surpreender o público.
■ Coronel Jesuíno Mendonça ─ Na adaptação de “Gabriela” em 2012, Wilker deu vida ao Coronel Jesuíno, personagem que eternizou o bordão “Eu vou lhe usar”.
■ Juscelino Kubitschek ─ Na minissérie “JK”, Wilker interpretou o ex-presidente do Brasil, em sua fase mais velha, demonstrando sua capacidade de dar vida a figuras históricas com maestria.
Sua inteligência e paixão pelas artes o levaram a cargos de direção na Rede Manchete e na RioFilme, além de sua atuação como crítico de cinema e apresentador. Wilker era um artista multifacetado, com uma presença magnética que iluminava cada projeto que abraçava.
Sua partida repentina em 2014, vítima de um infarto fulminante, deixou um vazio imensurável na cultura brasileira. No entanto, seu legado permanece como um exemplo inspirador para as futuras gerações de artistas, mostrando que com talento, paixão e dedicação, é possível alcançar o protagonismo e deixar uma marca indelével na história da arte brasileira.
Da Redação