Trump não descarta guerra contra a Venezuela e aumenta pressão militar no Caribe  

Helicóptero MH-60L Blackhawk desembarca uma equipe a bordo de um submarino norte-americano ─ FOTO: Reprodução  

 

Washington (EUA) – Em uma declaração que elevou ao máximo o alerta diplomático e militar na América Latina, o presidente norte-americano Donald Trump afirmou, nesta sexta-feira (19/12), que não descarta uma intervenção militar direta contra a Venezuela.

A fala ocorreu durante uma entrevista por telefone à rede americana NBC News, na qual o republicano reiterou que a opção de um conflito armado está “sobre a mesa”.

Questionado se o objetivo final de sua administração é a deposição do líder venezuelano Nicolás Maduro, Trump evitou dar detalhes específicos, mas enviou um recado direto:

─ Não descarto essa possibilidade [de guerra], não. Ele [Maduro] sabe exatamente o que eu quero. Sabe melhor do que ninguém -, declarou o presidente.

A tensão se intensificou após Trump ordenar um “bloqueio total e completo” aos petroleiros sancionados da Venezuela. O presidente norte-americano confirmou que novas apreensões de navios em águas internacionais estão previstas, afirmando que, se os petroleiros forem “imprudentes o suficiente”, serão escoltados para portos nos EUA.

Movimentação militar e caças em Caracas ─ Relatos de monitoramento aéreo indicam que a ameaça não é apenas retórica. Nas últimas 24 horas:

Voo de caças: Pelo menos oito aeronaves militares dos EUA, incluindo caças F/A-18E Super Hornet e aviões de guerra eletrônica EA-18G Growler, foram detectados sobrevoando o Caribe em áreas próximas à costa de Caracas.

Ataques no mar: Estima-se que a campanha de pressão dos EUA contra o que Trump classifica como “cartel narcoterrorista” já tenha resultado em ataques a cerca de 28 embarcações suspeitas desde setembro, gerando fortes críticas de organizações internacionais.

Dispensa do Congresso: Trump afirmou anteriormente que não considera necessário obter autorização do Congresso para lançar ataques terrestres contra alvos que ele considere ligados ao tráfico de drogas ou ao financiamento do regime Maduro.

Nicolás Maduro respondeu às ameaças ordenando que a Marinha venezuelana escolte militarmente os petroleiros do país, classificando as ações de Washington como “pirataria internacional” e uma tentativa colonialista de tomar as reservas de petróleo da nação.

No Brasil, o governo expressou preocupação com a proximidade de um conflito na fronteira. O presidente Lula ofereceu-se para mediar a crise e manifestou o desejo de conversar com Trump antes do Natal para tentar reduzir a temperatura política na região.

Os próximos passos ─ A comunidade internacional aguarda uma resposta oficial da Casa Branca sobre o cronograma de possíveis novas operações. A movimentação de tropas na região sul dos EUA e em bases no Caribe sugere que o estado de prontidão é o mais alto em décadas.

Da Redação, com informações da NBC News

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