Rodoviários anunciam greve por acúmulo de funções e fim dos cobradores    

Motoristas agora são cobradores, e vão cruzar os braços; protesto vai afetar a população ─ FOTO: Reprodução  

 

Manaus (AM) – O transporte público de Manaus pode parar a partir da próxima sexta-feira (04/07) em protesto contra a crescente retirada de cobradores e o acúmulo de funções pelos motoristas. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos Urbanos e Rodoviários de Manaus e Região Metropolitana (STTRM) aprovou greve geral em assembleia realizada no último sábado (28/06). A paralisação, se confirmada, afetará toda a frota de ônibus da capital e região metropolitana.

A decisão de cruzar os braços é um grito da categoria contra o modelo de transporte que tem se consolidado em Manaus: ônibus sem cobradores, onde os motoristas são forçados a acumular as tarefas de dirigir e vender passagens.

Para os rodoviários, essa medida não só sobrecarrega os profissionais, mas também compromete seriamente a segurança dos trabalhadores e a qualidade do serviço prestado aos passageiros.

─ Estamos cumprindo a lei de greve, cumprindo os prazos e notificando os interessados com antecedência além do previsto”, afirmou um representante do STTRM. Sexta-feira, dia 4, vamos mostrar mais uma vez a força dos trabalhadores rodoviários de Manaus.

A greve está prevista para começar à 0h01 de sexta-feira. O sindicato garantiu que manterá 50% da frota circulando, conforme determina a legislação para serviços essenciais.

Exigências e impacto para a população ─ O STTRM exige que o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) e as operadoras apresentem um plano de remanejamento das linhas, com garantia de circulação mínima, além de cessar o avanço da política de extinção dos cobradores nos coletivos.

Milhares de usuários do transporte público deverão ser diretamente afetados pela paralisação. A orientação é que a população acompanhe os comunicados oficiais ao longo da semana para se preparar para possíveis dificuldades de deslocamento.

Até o momento, a Prefeitura de Manaus e o Sinetram não se manifestaram oficialmente sobre a iminente paralisação.

Da Redação

 

 

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