
Manaus (AM) ─ A administração do prefeito de Itacoatiara, Mário Abrahim (Republicanos), candidato à reeleição este ano, é alvo de uma “notícia de fato”, um procedimento aberto nesta terça-feira (27/08) pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) para investigar o total abandono da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) naquele município da Região Metropolitana de Manaus, distante 265 quilômetros da capital.
De acordo com o promotor de Justiça de Itacoatiara , Vinícius Ribeiro de Souza, a UPA de Itacoatiara é uma unidade de saúde do governo do Estado administrada pela prefeitura da cidade. O MPAM constatou que o local não dispõe de ambulância, gerador de energia defeituoso, aparelho de raio-X e microscópio com problemas, colchões em mau estado, sala de emergência com estrutura deficiente, recepção e banheiros com funcionamento comprometido, além da ausência de um sistema de segurança e de estruturas de acessibilidade.
─ As secretarias de saúde serão oficiadas para que apresentem informações a respeito dos problemas encontrados na UPA e quais medidas serão adotadas para a solução, em vista da urgência das demandas. É importante lembrar, inclusive, que houve vultoso investimento público para a construção e inauguração dessa unidade de saúde, não sendo correto que a falta de manutenção ocasione uma interrupção desse serviço à população e até mesmo o desperdício do erário público -, comentou o promotor.
Um dos principais problemas da vistoria foi a ausência de qualquer ambulância à disposição da unidade. O gerador de energia disponível também estava inoperante, deixando o espaço à mercê de oscilações ou falhas no fornecimento elétrico. Item de suma importância, o “respirador” (ventilador mecânico) também apresentava defeito, sem previsão de conserto. No caso do microscópio do laboratório, uma das lentes necessitava de substituição.
Veja o que diz o MPAM:
O estado dos colchões também era delicado, com os itens apresentando alto grau de degradação. A inoperância por defeito foi o diagnóstico para a máquina de raio-X. Já na sala de emergência e na recepção foram constatados defeitos nos aparelhos e ausência de ar-condicionado. Os banheiros, por sua vez, careciam de assentos e alguns até estavam completamente interditados.
A UPA não dispunha de sistema de câmeras de segurança, além de contar com um número insuficiente de vigias. Por fim, também foi observada falha na acessibilidade, com ausência de rampa na entrada e no acesso.
Da Redação com informações da assessoria de imprensa