Prefeita do Careiro Castanho é investigada por má gestão educacional  

Mara Alves é alvo de uma investigação do TCE-AM pela paralisação do transporte escolar na cidade ─ FOTO: Reprodução

 

Manaus (AM) ─ O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) decidiu admitir a Representação ingressada pelo deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) para investigar graves irregularidades na gestão educacional da Prefeitura Municipal do Careiro Castanho, administrada pela prefeita Mara Alves (Republicanos).

A decisão visa apurar a paralisação do transporte escolar fluvial, a precariedade da merenda e a existência de obras inacabadas em escolas do município.

O Despacho de Admissibilidade, assinado pela presidente do TCE-AM, conselheira Yara Lins Rodrigues, reconhece a legitimidade da denúncia e determina o prosseguimento da fiscalização.

A medida atende a uma demanda apresentada por Amom à Ouvidoria do Tribunal, motivada por denúncias de que crianças ribeirinhas estão sendo privadas do acesso às aulas devido à interrupção do serviço de transporte.

Na documentação enviada ao Tribunal, Amom Mandel destacou que a falta de pagamento aos barqueiros e a ausência de combustível configuram uma “grave omissão do poder público municipal”.

O parlamentar anexou provas documentais que indicam não apenas o abandono do transporte, mas também problemas sérios na infraestrutura escolar e na qualidade da alimentação oferecida aos estudantes.

A Unidade Técnica do TCE (DICAMI) corroborou a gravidade da situação, apontando indícios de má utilização do dinheiro público e lesão a dispositivos legais por parte da gestão municipal.

Com a admissão da representação, o processo (nº 18086/2025) foi encaminhado ao relator das contas do município, conselheiro Júlio Assis Corrêa Pinheiro, para o aprofundamento das investigações e citação dos responsáveis para defesa.

O despacho destaca que a ação é necessária para verificar a correta aplicação dos recursos públicos vinculados à educação básica.

A atuação de Amom Mandel reforça o papel de fiscalização do mandato parlamentar, garantindo que denúncias da população cheguem aos órgãos de controle para proteger o direito fundamental à educação no interior do Amazonas.

Da Redação, com informações da assessoria de imprensa

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