Wilson Lima trata “trama política” como “montagem” e ignora afastamento de chefe da PM em Parintins  

Wilson Lima diz que vídeo não tem veracidade, mesmo com medida da Justiça de afastar oficial do comando da PM - FOTO: Reprodução

 

 

Manaus (AM) ─ O governador Wilson Lima (União Brasil) tratou, nesta terça-feira (1º/10), a “trama política” envolvendo o presidente da Cosama, Armando do Valle, secretários da Cultura, Marcos Apolo e da Administração, Fabrício Barbosa e oficiais da Polícia Militar de Parintins, como “uma montagem de um vídeo sem nenhuma comprovação da veracidade”.

 

A declaração foi feita um dia após a juíza eleitoral de Parintins, Juliana Arraes, determinar o afastamento do comandante da Polícia Militar no município do major PM, Francisco Magno Judiss da Silva, e o retorno de policiais da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) para o comando em Manaus.

 

O oficial é um dos integrantes do alto comando do governo do Estado que aparece no vídeo participando da reunião onde foi montada a “trama política” para prejudicar a campanha de Mateus Assayag (PSD) à prefeitura de Parintins, apoiado pelo prefeito da cidade, Bi Garcia (Republicanos), adversário político de Wilson Lima.

 

Durante apresentação de cestas básicas que serão enviadas às famílias atingidas pela estiagem severa nos municípios, na Arena Amadeu Teixeira, o governador tratou o caso considerado gravíssimo pela Justiça como “um momento de acirramento político” em Parintins, não dando importância a proporção que o vídeo ganhou nas redes sociais e na imprensa local.

 

─ Não há nenhuma comprovação da veracidade do vídeo, já que foi editado por um candidato a prefeito do município e a gente tá aqui à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários à Justiça e aos órgãos de controle -, tentou justificar o governador.

 

Veja o vídeo:

 

Confirmando o uso da “máquina administrativa” na campanha de Brena Dianná, Wilson Lima disse que “vamos cumprir as determinações judiciais e o policiamento será reforçado em todo Estado”. “Não podemos permitir que narrativas criadas no período eleitoral atrapalhem o trabalho que está sendo executado com muita eficiência pela Polícia do Amazonas”, disse ele, tentando novamente justificar a presença de um grande efetivo policial em Parintins.

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No fim da entrevista, Lima repassou a responsabilidade sobre a situação para os acusadores, como forma de tentar evitar mais perguntas da imprensa. “É preciso saber como esse material foi conseguido e cabe a quem está acusando apresentar as provas”, concluiu.

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Da Redação

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