Investigado por desvio de dinheiro público, David Reis volta à presidência da Câmara  

David Reis responde a processos no Ministério Público e no Tribunal de Contas do Estado ─ FOTO: Divulgação

 

 

Manaus (AM) ─ Trinta e cinco dos 41 vereadores elegeram, nesta quarta-feira (1º de janeiro), o vereador David Reis (Avante) para presidência da Câmara Municipal de Manaus para o biênio 2025/28. Na eleição, o vereador Rodrigo Guedes (União Brasil) obteve cinco votos, e terminou com voto em branco do vereador Coronel Rosses.

 

David Reis foi reeleito para comandar a Casa Legislativa pela segunda vez. Ele foi presidente da Câmara de 2020/21 e ficou conhecido “aloprado” por ter deixado uma administração desastrosa, com suspeitas de desvio de recursos públicos, que até hoje são investigadas pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM).

 

Ele substitui o ex-presidente Caio André (União Brasil), que não conseguiu se reeleger na eleição de 6 de outubro do ano passado, e entrou para a história política de Manaus como sendo o único vereador presidente da Casa a não conseguir manter o mandato.

Contra Reis, existem investigações em cursos no MPAM e elas dizem respeito a suspeita de superfaturamento no aluguel de 41 picapes no valor de R$ 8 mil mensais/cada, um contrato com a empresa JCS. Comercio e Serviços de Energia Solar Ltda., no valor de mais de R$ 5,1 milhões, para implementar o sistema de painéis solares na Casa.

O Ministério Público também investiga a suspeita de superfaturamento na compra de açúcar para a CMM na gestão de David Reis. Neste caso, a denúncia foi apresentada pelo Comitê de Combate à Corrupção do Amazonas também no Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM).

 

De acordo com a decisão do promotor de Justiça, Cley Barbosa Martins, há indícios do superfaturamento na compra de açúcar devido “preço ali ofertado para o item 01 (açúcar) ser manifestamente superior ao praticado no mercado”.

 

Puxadinho ─ O caso mais emblemático e que ganhou, inclusive, repercussão nacional, a construção de um prédio anexo à CMM, que custaria cerca de R$ 32 milhões aos cofres da Casa. Na época, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) barrou o andamento da construção.

 

Na época, David Reis tentou justificar a construção do chamado “puxadinho da Câmara”, alegando que queria construir 51 novos gabinetes para “preparar o Poder Legislativo” para o futuro.

 

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Da Redação

 

 

 

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