PMs são presos após forjarem flagrante de comerciante em Manaus

PMs responderão por vários  crimes, entre eles extorsão e abuso de autoridade ─ FOTO: Reprodução

 

 

Manaus (AM) ─ Quatros policiais militares envolvidos na agressão e prisão forjada de um comerciante no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona Norte de Manaus, no início da semana, foram presos preventivamente, na manhã deste sábado (14/12), na operação “Forja”, desencadeada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) e a Polícia Militar.

 

As prisões preventivas foram autorizadas pelo juiz Fábio Lopes Alfaia em atendimento à solicitação do promotor Armando Gurgel, titular da 60ª Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública (Proceapsp).

 

As medidas aconteceram após o vazamento do vídeo em que os policiais militares aparecem abordando uma pessoa que estava em um comércio, sentada, quando recebeu foco de luz na face, sendo imediatamente algemada, agredida e presa em flagrante por tráfico de drogas.

 

A operação contou com o auxílio operacional de agentes do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrimo/MPAM), do Departamento de Justiça e Disciplina da PM e do Comando 18ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom/CPA Norte).

 

 

 

Com o avançar das investigações, ao analisar o inquérito e comparar com o vídeo, o Ministério Público solicitou a prisão preventiva dos policiais. Sem saberem que foram filmados, os PMs registraram no Boletim de Ocorrência que o comerciante foi abordado e preso em via pública com droga. Na abordagem, segundo os PMs, o suspeito ainda teria entregue mais drogas, cenário adverso do registrado em vídeo.

 

Veja o vídeo das agressões:

 

Os PMs, todos da 18ª Cicom, foram presos e  se encontram recolhidos no Batalhão da PM. Eles deverão responder por vários crimes, de acordo com o promotor Armando Gurgel, entre eles, extorsão, tráfico de drogas, falsidade  ideológica, tortura,  e abuso de autoridade.

 

Os PMs alegaram que o comerciante foi preso por envolvimento em crimes, mas as circunstâncias da prisão, elucidadas pelo vídeo, não são as que foram descritas por eles. “Foi uma ação forjada, onde foram praticados vários crimes. Houve desvio de conduta e excesso. Orientamos a população a fazer a denúncia, para que casos como esse não se repitam”, afirmou o promotor.

 

Com informações da assessoria de imprensa

 

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