
Manaus (AM) – A Petrobras propôs ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que a Avaliação Pré-Operacional (APO) para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas seja realizada em julho. A APO é um simulado de vazamento de óleo, considerado a última e decisiva etapa do processo de licenciamento ambiental, na qual a companhia deve comprovar sua capacidade e prontidão de resposta a eventuais acidentes.
A bacia da Foz do Amazonas, localizada na região conhecida como Margem Equatorial – uma nova fronteira exploratória que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte –, é vista pela Petrobras como crucial para o futuro da produção de petróleo no Brasil.
No entanto, a exploração nessa área enfrenta forte oposição de ambientalistas e setores da sociedade civil, devido à sua alta sensibilidade ambiental e à proximidade de ecossistemas complexos e comunidades tradicionais.
Na comunicação enviada ao Ibama, a Petrobras detalha seu plano para a realização do simulado. A empresa busca demonstrar que possui a estrutura, os equipamentos e os planos de contingência necessários para conter e remediar um vazamento de óleo, minimizando os impactos em uma região de biodiversidade ímpar.
A sonda que será utilizada para a perfuração do poço deve passar por vistoria nas próximas semanas antes de ser deslocada para a área de teste. A aprovação do plano de proteção à fauna pela direção do Ibama, ocorrida recentemente, foi um passo importante para a Petrobras.
Contudo, a realização e o sucesso da Avaliação Pré-Operacional são cruciais para a obtenção da licença final que permitirá o início da perfuração exploratória.
O debate sobre a exploração na Foz do Amazonas reflete a tensão entre o potencial econômico dos recursos petrolíferos e a necessidade premente de preservação ambiental, especialmente em um bioma tão vital quanto a Amazônia. A proposta da Petrobras de realizar a APO em julho mantém acesa a discussão sobre o futuro energético e ambiental do país.
Da Redação, com informações da Agência Brasil