
Washington (EUA) – O presidente russo, Vladimir Putin, e o papa Leão XIV tiveram uma conversa telefônica nesta quarta-feira (04/06). O pontífice pediu um passo em direção à paz em relação ao conflito com a Ucrânia. A ligação foi confirmada pelo Kremlin e pelo Vaticano.
Na conversa, o papa também destacou a importância do diálogo para encontrar soluções para o conflito, disse a Santa Sé.
─ Durante a troca de pontos de vista sobre a situação na Ucrânia, Putin reiterou seu interesse em alcançar a paz por meios políticos e diplomáticos e enfatizou que, para uma resolução final, justa e abrangente da crise, é necessário eliminar suas causas fundamentais -, disse o Kremlin.
Segundo o comunicado russo, Putin destacou que “o regime de Kiev está apostando na escalada do conflito e está realizando sabotagens contra instalações de infraestrutura civil em território russo”, em uma referência ao ataque de drones ucranianos a suas bases como “atos de terrorismo”.
Operação Teia de Aranha ─ O conflito ganhou um novo capítulo no último domingo (1º/06), com uma série de ataques da Ucrânia a bases na Rússia.
A operação, chamada de Teia de Aranha, pareceu tirada de um roteiro de ação de Hollywood, com drones saindo de compartimentos escondidos em contêineres.
O serviço secreto ucraniano escondeu drones dentro de contêiners de caminhões, que circularam disfarçados por diversos pontos do território russo, até a proximidade das bases, de onde os drones voaram despercebidos e destruíram mais de 40 aviões com capacidade nuclear, cerca de um terço da frota militar aérea russa.
O ataque surpreendeu pelos locais, a mais de 4.000 km do front da guerra, e o método de ação, que usou caminhões para levar contêineres com drones e explosivos escondidos no teto.
As autoridades russas foram pegas de surpresa pela Ucrânia ─ O presidente Volodimyr Zelensky considerou a operação como “brilhante” e “nossa operação de maior alcance”.
Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os drones danificaram aviões e causaram incêndios em quatro bases aéreas da região de Irkutsk, a 4.300 km da Ucrânia e próximo da Mongólia, e em cidades do norte russo, como Murmansk.
Com informações do G1 Mundo