
Manaus (AM) ─ O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) abriu uma investigação séria para apurar denúncias graves de que pacientes de planos de saúde estariam sendo transferidos ilegalmente para o tratamento na rede pública, como a Fundação Centro de Controle de Oncologia (FCecon) e a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam).
A apuração se soma às reclamações constantes sobre a má gestão na saúde estadual, indica que essa prática tem sobrecarregado hospitais de referência.
Segundo o Inquérito Civil nº 0600.2025.58, há indícios de que as operadoras privadas estariam se omitindo de prestar a cobertura obrigatória para procedimentos de alto custo, repassando a conta e a responsabilidade para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa medida do governo, além de onerar os cofres públicos, prejudica a fila de atendimento e compromete a oferta de serviços para os pacientes que dependem exclusivamente do sistema público.
Como parte da investigação, a 58ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos à Saúde Pública (PRODHSP) solicitou informações detalhadas à FCecon, Hemoam e à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) para identificar casos de negativa de cobertura por parte dos planos de saúde.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM) também foram notificados para que, a partir dos dados coletados, possam adotar as providências cabíveis e garantir que os direitos dos pacientes sejam respeitados, impedindo que o sistema público seja sobrecarregado por condutas indevidas das operadoras privadas.
A investigação busca dar um basta nas irregularidades e assegurar que a saúde pública seja destinada a quem realmente necessita.
Da Redação, com informações da assessoria de imprensa