MP Amazonas investiga falta de fiscalização de mototaxis ilegais

A oferta clandestina do serviço prejudica profissionais regulamentados e permite cobranças abusivas ─ FOTO: Altemar Alcântara/Semcom

 

Manaus (AM) ─ O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) instaurou inquérito civil para investigar suposto descumprimento da Lei Municipal nº 3.379/24, por parte do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), da prefeitura de Manaus, na regulamentação da profissão do transporte alternativo individual, o chamado “mototaxi”.

A medida é conduzida pela promotora de Justiça Sheyla Andrade dos Santos, da 81ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa do Consumidor (Prodecon).

A Lei nº 3.379/24 dispõe sobre os serviços de transporte de passageiros em mototaxis e responsabiliza o IMMU pela regulamentação dos profissionais; fiscalização e autuação de motociclistas sem autorização; administração do serviço, bem como uso do motocímetro — aparelho obrigatório que afere o valor da corrida — e tabelamento de preços; concessão de autorização para pontos de mototáxi e fiscalização desses pontos.

O inquérito civil vai investiga a falta de fiscalização de mototaxis clandestinos, especialmente a circulação de veículos descaracterizados, fora das plataformas e sem motocímetro, o que permite a cobrança de preços abusivos e o fluxo de motociclistas irregulares, até mesmo sem habilitação.

Segundo pela promotora de Justiça Sheyla Andrade dos Santos, a prática também traz prejuízo aos mototaxistas credenciados e licenciados, que cumprem os critérios exigidos pela legislação.

A ação tem como intuito “adotar as medidas extrajudiciais e judiciais visando adequar o aludido serviço aos termos da legislação que compõe o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e, em caso de ação indevida ou omissão, responsabilizar o Poder Concedente por defeito do serviço ou prática abusiva”.

A promotora solicitou que o IMMU se manifeste, no prazo de 30 dias úteis, sobre a alegação de que as equipes do órgão não fiscalizam a prestação irregular do serviço, além de encaminhar um relatório sobre a última fiscalização realizada, com as irregularidades encontradas e providências adotadas.

O instituto também deve fornecer informações sobre os acidentes nos últimos dois anos envolvendo mototáxis e mototaxistas.

Da Redação, com informações da assessoria de imprensa

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