Israel intensifica ataque terrestre em Gaza e causa fuga em massa de civis  

Os bombardeios se intensificaram nas últimas horas na Cidade de Gaza ─ FOTO: Ebrahim Hajjaj/Reuters

 

Brasília (DF) ─ Israel lançou nesta terça-feira (16/09) a fase principal de sua esperada ofensiva terrestre na Cidade de Gaza, declarando que a região está “em chamas”. A ação militar, descrita pelos palestinos como a mais intensa em dois anos de conflito, tem forçado a fuga em massa de civis em busca de segurança.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram que suas tropas estão avançando em direção ao centro da cidade, com planos de aumentar o contingente nos próximos dias para enfrentar combatentes do Hamas.

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou em redes sociais que a IDF está atacando com “mão de ferro” a infraestrutura terrorista, visando criar condições para a libertação de reféns e a derrota do Hamas.

Autoridades de saúde em Gaza relataram a morte de pelo menos 40 pessoas nas primeiras horas da ofensiva, a maioria na Cidade de Gaza, onde ataques aéreos e incursões de tanques foram registrados. Em meio ao caos, Israel reiterou os apelos para que civis deixem a cidade.

Como resultado, longas colunas de palestinos estão se dirigindo para o sul e oeste em meios precários, como carroças, riquixás, veículos pesados ou a pé.

─ Eles estão destruindo torres residenciais, os pilares da cidade, mesquitas, escolas e estradas -, relatou um morador que faz a árdua jornada para o sul com sua família.

A escalada militar ocorre após o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, manifestar apoio à decisão israelense de abandonar as negociações de cessar-fogo e priorizar o uso da força contra o Hamas.

Embora os EUA desejem um fim diplomático para a guerra, Rubio admitiu a possibilidade de que isso não ocorra, endossando a exigência israelense de desarmamento e dissolução do Hamas, além da libertação imediata de todos os reféns como única via para o fim do conflito.

O Hamas, por sua vez, condiciona a libertação dos reféns a um cessar-fogo permanente e à retirada das forças israelenses, recusando-se a se desarmar até o estabelecimento de um Estado palestino.

Com  informações de agências internacionais

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