Em Eirunepé, Polícia Civil prende advogado por falsificar assinatura de juiz  

O homem responde a um processo na Justiça por falsificar a assinatura de um juiz em um alvará de soltura ─ FOTO: Divulgação/PCAM  

 

Manaus (AM) ─ A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) anunciou, nesta terça-feira (24/06), a prisão de um advogado de 31 anos acusado pelos crimes de falsificação de documentação pública, fraude processual e estelionatário no município de Eirunepé (distante 1.160 quilômetros de Manaus). O nome dele não foi revelado.

A prisão, segundo a PC-AM, foi feita por policiais da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) da cidade, em cumprimento a decisão judicial da Comarca de Eirunepé, que atendeu o pedido do delegado Rafael Bruno.

De acordo com a autoridade policial as investigações iniciaram quando o DIP recebeu uma denúncia sobre um golpe que teria sido aplicado pelo advogado. Após essa primeira denúncia, outras começaram a chegar, relatando diferentes tipos de golpes praticados pelo suspeito.

─ Com base nas informações reunidas, decidimos representar pela prisão preventiva dele, que prontamente foi aceita pela Comarca de Eirunepé, onde tramita um processo no qual o homem responde por falsificar a assinatura de um juiz em um alvará de soltura -, disse o delegado.

Conforme Bruno, o suspeito usava a advocacia para enganar pessoas mais vulneráveis, como idosos, por exemplo. Para eles, o advogado fazia falsas promessas de que os ajudaria com a concessão do benefício.

─ O homem dizia que precisaria dos documentos e das senhas das contas bancárias dos idosos e usava as informações para fazer empréstimos e transferências via pix para si mesmo -, falou o delegado.

Segundo o delegado, o autor chegou a aplicar golpes até no ciclo familiar. Em um dos casos, ele atuou em uma suposta causa referente à pensão por morte do marido da avó de sua esposa.

─ Ele alegou à vítima que o benefício havia sido concedido e solicitou a documentação dela. Em posse dos documentos, o homem contratou dois empréstimos em nome dela, totalizando R$ 6,8 mil. A vítima não recebeu nenhum valor da pensão e acabou ficando com o prejuízo -, disse o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, após o mandado de prisão ser expedido pelo Poder Judiciário, a equipe policial realizou diligências para cumpri-lo, mas não foi possível localizá-lo em seu endereço.

─ A sua prisão foi efetuada depois que ele se apresentou na delegacia, na presença de seu advogado -, finalizou o delegado. O homem responderá por estelionato e está à disposição da Justiça.

Da Redação

 

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