Em Eirunepé, denúncia aponta contratação de PMs da ativa como professores

A denúncia apresentada pelo SINTEAM é grave e deve ser apuradas por órgãos de fiscalização e controle ─ FOTO: Reprodução  

 

Manaus (AM) ─ O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (SINTEAM) formalizou uma denúncia junto ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) contra a Prefeitura de Eirunepé, município distante 1.050 quilômetros de Manaus, alegando graves irregularidades na contratação de professores temporários.

A “Notícia de Fato” detalha um esquema de pagamentos indevidos a funcionários que não exercem atividades docentes, incluindo policiais militares da ativa. O ponto central da denúncia destaca que policiais militares da ativa estão acumulando cargos de professores temporários de forma irregular.

De acordo com o documento, esses agentes recebem remuneração mensal sem realizar qualquer atividade educacional ou comparecer às unidades escolares, o que configura forte indício de fraude administrativa e enriquecimento ilícito. O SINTEAM solicitou que o MP-AM realize uma apuração específica sobre esses casos de acúmulo incompatível de funções.

Detalhes das irregularidades apontadas ─ A denúncia, instruída com folhas de pagamento extraídas do Portal da Transparência, revela um cenário de má gestão dos recursos públicos:

Contratações fantasmas: Pessoas são formalmente contratadas, mas não ministram aulas nem cumprem carga horária;

Pagamentos sem contraprestação: Funcionários que nunca estiveram em salas de aula continuam recebendo salários regulares;

Professores ausentes: Existem registros de docentes do quadro efetivo que residem em outros municípios, mas permanecem na folha de pagamento local.

Veja a denúncia aqui

O sindicato afirma que essas contratações são “meramente formais”, utilizadas apenas como meio para desviar recursos públicos da educação.

Impactos e providências jurídicas ─ As irregularidades causariam prejuízos diretos aos alunos de Eirunepé, que ficam sem aulas ou com carga horária deficitária, além de sobrecarregar os professores que efetivamente exercem a profissão.

O SINTEAM requer ao Ministério Público a instauração de um inquérito civil para investigar possíveis atos de improbidade administrativa, peculato e falsidade ideológica. O pedido inclui a responsabilização imediata dos agentes públicos envolvidos e a interrupção dos pagamentos considerados indevidos.

A denúncia foi assinada pelos advogados do sindicato em 19 de dezembro de 2025.

Da Redação

Artigo anteriorSUS oferece curso grátis de cuidados a partir da atenção primária à saúde
Próximo artigo“A prática era costume de gestões anteriores”, diz prefeita sobre denúncia de contratações em Eirunepé