
Washington (EUA) ─ O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avalia bombardear o Irã, afirmou nesta terça-feira (17/06) o site de notícias norte-americano Axios. Segundo o canal, membros do governo norte-americano relataram que o presidente está “considerando seriamente se juntar à guerra”, lançando um ataque direto dos EUA contra instalações nucleares do Irã.
O presidente norte-americano participará de uma reunião ainda nesta terça com membros do Departamento de Segurança Interna dos EUA (responsável pelas Forças Armadas do país) na sala de situação que o governo Trump abriu na segunda-feira (16/06) para discutir o conflito entre Israel e Irã.
O Axios também afirmou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acredita que Trump “se unirá” a Israel nos ataques contra o Irã.
Desde o início do dia, relatos de que os EUA estão movimentando caças e aviões de guerra para o Oriente Médio circulam nas redes sociais. Segundo a rede de TV norte-americana Fox News, o Pentágono deslocou mais aviões de combates para a região.
Khamenei ─ Donald Trump também disse nesta terça que EUA e Israel não planejam matar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, mas que os planos podem mudar dependendo de como o conflito entre Irã e Israel se desenrolar.
Trump afirmou saber onde Khamenei está escondido — mais cedo, o Exército israelense disse que as principais lideranças do Irã haviam fugido do país. E chamou o líder supremo iraniano — o chefe máximo do poder no Irã — de “alvo fácil”.
─ Nós sabemos exatamente onde o chamado ‘líder supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá — nós não iremos tirá-lo de lá (matá-lo!), ao menos não por enquanto. Mas nós não queremos mísseis disparados em civis, ou soldados americanos. Nossa paciência está encolhendo -, disse Trump em sua rede social Truth Social.
Na segunda-feira (16/06), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou não descartar matar Khamenei. O paradeiro de Khamenei é desconhecido desde o início dos conflitos entre Israel e Irã, na sexta-feira (13/06).
5º dia de conflito ─ O conflito entre Irã e Israel entrou no quinto dia nesta terça-feira (17/06). Desde sexta-feira (13/06), as trocas de ataques deixaram 248 mortos nos dois países, segundo autoridades locais. Em meio à escalada de tensões, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antecipou sua saída da cúpula do G7 no Canadá e decidiu voltar para Washington.
Na madrugada desta terça, a imprensa iraniana informou que explosões foram registradas em Teerã. Bombardeios também foram reportados em Natanz, cidade onde ficam importantes instalações nucleares — a cerca de 320 km da capital.
Já em Israel, sirenes de alerta soaram após a meia-noite, pelo horário local. Em Tel Aviv, foram ouvidas explosões causadas por novos ataques do Irã, segundo autoridades israelenses.
O governo iraniano afirma que a ofensiva israelense provocou 224 mortes no país, a maioria civis. Do lado israelense, as autoridades declararam que bombardeios iranianos mataram 24 civis e afetaram mais de 3 mil pessoas, que precisaram deixar suas casas.
Os dois países mantêm o discurso de que continuarão atacando e retaliando um ao outro. Enquanto isso, fontes ouvidas pela agência Reuters afirmam que o Irã pediu a Omã, Catar e Arábia Saudita que pressionem os EUA a convencer Israel a aceitar um cessar-fogo imediato.
Fontes do governo iraniano disseram à Reuters que Teerã estaria disposto a ser mais flexível nas negociações para um acordo nuclear, caso Israel interrompa os ataques. Nas redes sociais, o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, deu sinais de que as conversas podem continuar.
─ Se o presidente Trump está realmente comprometido com a diplomacia e interessado em pôr fim a esta guerra, os próximos passos serão decisivos -, disse. “Israel deve interromper sua agressão e, na ausência de uma cessação total da agressão militar contra nós, nossas respostas continuarão”.
Já Trump afirmou que o Irã rejeitou um acordo para conter o desenvolvimento de armas nucleares e voltou a dizer que o país não pode ter armamento atômico. Ele também declarou que Teerã precisava ser evacuada imediatamente, sem dar detalhes.
A escalada nas tensões fez com que o presidente dos EUA deixasse o encontro do G7 no Canadá e retornasse a Washington. Segundo a imprensa americana, Trump deve se reunir nesta terça-feira com o Conselho de Segurança Nacional para tratar do assunto.
Na segunda-feira (16/06), o Pentágono anunciou que estava enviando mais ativos militares para o Oriente Médio. A Casa Branca negou que estivesse conduzindo uma operação contra o Irã. Já o Departamento de Defesa afirmou que a prioridade é defender os ativos americanos na região.
Com informações do site TNH1