Diretor da ANM é preso suspeito de integrar esquema milionário  

Caio Seabra é suspeito de integrar esquema de fraudes e propinas no setor de mineração ─ FOTO: Reprodução

 

Brasília (DF) ─ A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (17/09), durante a operação Rejeito, o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mário Seabra; o ex-diretor da PF em Minas Gerais, Rodrigo de Melo Teixeira; além dos empresários Alan Cavalcante do Nascimento, e seus sócios Helder Adriano de Freitas e João Alberto Paixão Lages, ex-deputado estadual.

De acordo com as investigações policiais, todos são suspeitos de comandar e integrar um esquema milionário do setor de mineração. Alan Cavalcante é apontado pela PF como chefe da organização criminosa.

A Justiça Federal também determinou o afastamento de três servidores públicos suspeitos de favorecer o grupo: Fernando Baliani da Silva (Feam – Fundação Estadual do Meio Ambiente), Breno Esteves Lasmar (IEF – Instituto Estadual de Florestas) e Fernando Benício de Oliveira Paula (Copam – Conselho Estadual de Política Ambiental).

A ação cumpriu 22 prisões temporárias e 79 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e outras cidades de Minas Gerais. Também foi determinado o bloqueio de bens e valores que somam R$ 1,5 bilhão.

Segundo a PF, ao menos 17 investigados tiveram prisão preventiva decretada; até o momento, 14 já foram detidos.

As apurações indicam que o esquema era comandado por um conglomerado com mais de 40 empresas, centralizadas na holding Minerar S/A, responsável por operações de extração de minério de ferro em áreas consideradas sensíveis do estado.

De acordo com a PF, o grupo obteve autorizações para explorar regiões tombadas e próximas a unidades de conservação, com alto risco de desastres ambientais.

Para sustentar os empreendimentos, foi estruturada uma rede de empresas e operadores financeiros, com a prática de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

O inquérito, aberto em 2020, aponta que a organização corrompeu integrantes de diversos órgãos públicos, incluindo ANM, Iphan, Feam e a secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais.

Só em propinas diretas, foram identificados mais de R$ 3 milhões pagos a servidores, alguns dos quais recebiam mesada para atender aos interesses do grupo.

 Da Redação, com informações do site Migalhas

 

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