
Manaus (AM) ─ O vereador Rosinaldo Bual (Agir) guardava mais de R$ 2 milhões em dinheiro vivo em três cofres e atuava como agiota realizando empréstimos, de acordo com o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas (MPAM), promotor de Justiça, Leonardo Tupinambá.
Durante entrevista coletiva, horas depois da prisão do parlamentar alvo da operação Face Oculta, Tupinambá forneceu detalhes da apreensão do dinheiro e das investigações. Ele informou que os sofres foram encontrados na residência e no gabinete de Bual, na Câmara de Manaus, na manhã desta sexta-feira (03/10).
Além do vereador do Agir, também foi presa a chefe de gabinete, Luzia Seixas Barbosa, acusada organizar a prática da “rachadinha”. Segundo o promotor, ela é a pessoa que recebia as transferências de parte dos salários de funcionários e repassava o dinheiro ao parlamentar.
─ Ele (Rosinaldo Bual) mantinha uma alta rotatividade com mais de 50 servidores de seu gabinete na prática da “rachadinha”, e a chefe de gabinete era a pessoa responsável em arrecadar essas quantias e repassá-las -, destacou Leonardo Tupinambá.
O MPAM pediu o bloqueio de mais de R$ 2,5 milhões das contas pessoais do vereador, além da quebra do sigilo bancário para saber a origens de recebimentos e pagamentos. Rosinaldo Bual é acusado dos crimes de peculato, concussão, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Da Redação