Brasília (DF) ─ O governo federal confirmou nesta quarta-feira (12/04) o bloqueio de 1,2 milhão beneficiários do Bolsa Família do sistema de pagamento. As pessoas com pagamentos suspensos apresentam inconsistências de dados no cadastro do programa de complemento de renda, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social.
As suspensões dos pagamentos do benefício social acontecem com alguns dos cadastros de pessoas que declararam integrar famílias unipessoais (de uma pessoa só).
Essa medida faz parte da Ação de Qualificação Cadastral, iniciada em março pelo governo federal. Trata-se da segunda etapa do procedimento de revisão de inscrições no programa social com indícios de fraude.
Nesta fase, técnicos do governo avaliaram os cadastros de aproximadamente 4,9 milhões de pessoas inseridas no Cadastro-Único (CadÚnico) como famílias unipessoais no segundo semestre do ano passado.
O objetivo é avaliar inconsistências nos cadastros e se certificar que o cidadão realmente more sozinho, e não com uma família. Dessa maneira, os técnicos do ministério pretendem descobrir pagamentos em duplicata.
Foi registrado, segundo o governo, um aumento expressivo de novos registros de famílias unipessoais em 2022. Este seria um forte indício de suspeita de fraude.
Recadastramento ─ O grupo bloqueado terá 60 dias para recadastrar as informações e demonstrar que, de fato, preenche os requisitos para acessar o benefício. O prazo começa a contar nesta sexta-feira (14/04).
O bloqueio do benefício será avisado pelo aplicativo do Cadastro Único e por SMS. Aqueles que não atualizarem as informações ou comprovar que mora sozinho podem ter o Bolsa Família suspenso de forma definitiva.
Caso as informações sejam confirmadas, as parcelas bloqueadas serão depositadas de forma retroativa.
Da Redação com informações do site Metrópoles