STF põe fim à disputa entre Amazonas e São Paulo por ICMS dos produtos fabricados em Manaus  

Produtos fabricados na ZFM deixam de ter a camada “bitributação” ─ FOTO: Internet 

 

Manaus (AM) ─ “Caiu a ‘trava paulista”. Assim o tributarista Thomaz Nogueira, ex-superintendente da Suframa, comemorou quando soube que o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para validar os créditos do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) relativos à compra de mercadorias na Zona Franca de Manaus (ZFM).

 

Os ministros da Corte derrubaram as autuações da Fazenda do Estado de São Paulo que haviam rejeitado esses créditos, e proibiu novas medidas nesse sentido. O resultado é contrário ao Fisco paulista, que perde arrecadação com a validação dos créditos, e favorável às empresas instaladas no Distrito Industrial.

 

A ação foi ajuizada pelo governo do Amazonas com o auxílio de técnicos da Secretaria de Fazenda (Sefaz) e da Suframa. O Estado argumentou que a lei garante a concessão de incentivos fiscais de ICMS às empresas da Zona Franca e proíbe que os demais Estados cancelem os créditos fiscais concedidos nas operações do polo industrial.

 

O governo ainda alegou que o conjunto de decisões tomadas pela Fazenda de São Paulo formou uma jurisprudência que viola as regras que regem a área.

 

A maioria dos ministros entendeu que a Constituição dispensa autorização dos demais Estados, por meio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), para a concessão de incentivos fiscais de ICMS.

 

Votaram nesse sentido o relator, Luiz Fux, e os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Edson Fachin e André Mendonça. O ministro Cristiano Zanin, recém-nomeado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), foi o único a discordar, mas acabou sendo voto vencido.

 

Da Redação com informações do blogdohiellevy.com.br

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