PSDB decide apoiar candidatura de Simone Tebet, mas impõe condições ao MDB

 

Em reunião nesta quarta-feira (1º/06), líderes do PSDB decidiram apoiar a candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à Presidência. A condição imposta ao MDB é conceder aos tucanos as cabeças de chapa em três eleições estaduais: MG, RS e PE.

 

Estavam presentes no encontro o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, e quadros como Eduardo Leite, ex-governador do RS, os senadores Tasso Jereissati e Izalci Lucas, além dos deputados federais Paulo Abi-Ackel e Aécio Neves – candidato à Presidência pelo partido em 2014.

 

Ao término do encontro, Araújo ligou para Baleia Rossi, presidente do MDB, na frente de todos. Ele se disse “cobrado” internamente a tomar uma decisão e informou a condição para apoiar a senadora Simone. Deu a Baleia prazo de resposta até quarta-feira (08/06) da próxima semana e, um dia depois, o PSDB informa oficialmente sua posição na disputa presidencial.

 

Cresce a possibilidade de Tasso Jereissati, que não queria ser candidato “plano B” à Presidência, sair como vice de Tebet. Isso caso o MDB aceite ceder os três colégios eleitorais considerados caros aos tucanos e onde há conflitos pelas pré-candidaturas.

 

Minas surgiu como conciliador, pois tucanos graúdos batiam na tecla de candidatura própria e só toparam ceder a Tebet caso o MDB se alie a eles no estado. A intenção é lançar o deputado federal Marcus Pestana ao governo com apoio do MDB, que pretendia lançar Carlos Viana, hoje no PL de Jair Bolsonaro, e depois cogitou investir na campanha do deputado estadual Paulo Piau.

 

No Rio Grande do Sul, o até então presidenciável Eduardo Leite deve tentar a reeleição, mas tem como concorrente pelo MDB o deputado estadual Gabriel Souza, de quem os tucanos almejam o apoio

 

Já em Pernambuco a intenção é lançar Raquel Lyra como candidata pelo PSDB contra o deputado federal Danilo Cabral, que pretende concorrer pelo PSB e, neste momento, o MDB cogita se aliar.

 

Desistência e indecisão ─ O PSDB está sem candidato ao Palácio do Planalto desde que João Doria desistiu de sua candidatura, no último dia 23 de maio – em discurso no qual explicitou não ser o nome escolhido pelo partido para a eleição.

 

Em conversas junto ao MDB, União Brasil (que já desagrupou e tem Luciano Bivar como pré-candidato) e Cidadania em busca de um representante de consenso para a terceira via à Presidência, o caminho natural seria apoiar Tebet.

 

Até houve movimentação de um grupo tucano que insistia em um nome próprio e tentou reaver Eduardo Leite, mas a ideia não prosperou. Fato é que Aécio, um dos nomes que levantaram a tese, esteve na reunião desta quarta e está em sintonia com Araújo e os demais líderes da sigla.

 

Com informações do g1.com

 

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