Brasília (DF) ─ O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta terça-feira (13/12), que o ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) será indicado o novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em sua gestão.
O anúncio foi feito durante evento de conclusão dos trabalhos da equipe de transição de governo. “Aloizio Mercadante, eu vi algumas críticas sobre boatos que você vai ser presidente do BNDES. Eu quero dizer a vocês que não é mais boato. O Aloizio Mercadante será presidente do BNDES”, disse Lula.
“Nós estamos precisando de alguém que pense em desenvolvimento, de alguém que pense em reindustrializar este país, de alguém que pense em inovação tecnológica, de alguém que pense na geração de financiamento ao pequeno, ao grande, ao médio empresário, para que esse país volte a gerar empregos”, continuou em referência ao colega de partido.
Atual presidente da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, e responsável pela coordenação do programa de governo de Lula e da coordenação dos grupos temáticos da equipe de transição de governo, Mercadante já aparecia nas bolsas de apostas para o cargo, mas seu nome não agradava o mercado.
Para agentes econômicos, o nome do petista estaria associado a políticas de maior intervenção sobre o funcionamento da economia, além de representar um risco de possível alteração na Lei das Estatais.
Durante sua fala, Lula disse que buscará atrair investidores internacionais para o país, mas para apostar em projetos, e não mais em processos de privatizações. Segundo o presidente eleito, nenhuma companhia estatal será vendida em sua gestão.
“Não haverá chuva, não haverá sol, não haverá nada neste mundo, a não ser Deus, que me proíba de fazer esse país voltar a sorrir, de fazer o povo voltar a ser alegre e de fazer o povo acreditar que esse país acabou com o complexo de vira-lata, nós não sermos inferiores a ninguém”, disse.
“Nós somos iguais a todo mundo e nós queremos ser donos do nosso território. Vai acabar privatizações nesse país. Já privatizaram quase tudo. Vai acabar e vamos provar que algumas empresas públicas vão poder mostrar a sua rentabilidade”, continuou.
Com informações do site InfoMoney