Servidores do Idam reagem e confirmam denúncias de corrupção no órgão feita por Eduardo Braga

Funcionários do instituto se revoltam e pedem que denuncias sejam apuradas

 

Manaus (AM) ─ Menos de 24hs após denúncia de suspeita de compras superfaturadas no Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (Idam), feita pelo candidato ao Governo do Amazonas, senador Eduardo Braga (MDB) durante entrevista na TV Band Amazonas, nesta segunda-feira (10/10), servidores efetivos do órgão emitiram nota de repúdio contra o governador Wilson Lima, que disputa a reeleição pelo União Brasil.

 

Na denúncia, o senador mostrou que o Idam gastou mais de R$ 21 milhões com compra de 2,72 milhões de rolos de papel higiênico, gasolina ao valor de R$ 10 o litro e toneladas de britas que não foram entregues ao órgão pelos fornecedores. A aquisição de bens de consumo, materiais e serviços não tem relação com a missão do órgão, que presta serviço de assistência técnica e extensão rural a agricultores e famílias de produtores rurais no Amazonas.

 

No documento, os servidores públicos confirmaram a existência de gastos acessivos no Idam e indicaram que “as aquisições carecem de investigação dos órgãos de controle do estado” e podem ser encontradas no Portal da Transparência”. Eles lembraram que o órgão gastou R$ 885,9 mil na compra de 1 mil monitores, que nunca foram entregues pela empresa PEG Comércio e Serviços de Informática Ltda-ME.

 

“Infelizmente, o que vem acontecendo não nos surpreende, pois o descaso com o setor primário e a constante intervenção política na escolha de gestores do Idam em todos os níveis tem interferido no cumprimento da sagrada e nobre missão deste instituto”, diz um dos trechos da nota.

 

Os servidores finalizando a nota afirmando que repudiam a corrupção e clamam por mudanças. “Somos todos Idam”, finaliza o documento assinado por representantes do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-AM), Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura (Sintagri), Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) e o Sindicato dos Trabalhadores do Setor Público, Agroflorestal e Meio Ambiente (Sintraspa).

 

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