Manaus (AM) ─ Uma paciente de 32 anos fez, nesta segunda-feira (09/09), uma verdadeira peregrinação em busca de atendimento de urgência no serviço de saúde do Estado para tratar uma dor de ouvido. Ela está há dois dias com dor no ouvido e voltou para casa sem ter sido medicada.
Acompanhada da mãe, ela chegou por volta das 7hs da manhã no Hospital de Pronto-Socorro 28 de Agosto, no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus, onde teve o atendimento negado.
A paciente foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na avenida Camapuã, no bairro Amazonino Mendes, zona Norte, onde também não foi atendida.
De lá, ela e a mãe foram encaminhadas para uma Casinha da Saúde, no bairro Jorge Teixeira, zona Leste. No local, foi agendada uma consulta com clínico geral para esta terça-feira (10/09).
Por volta das 8hs, a paciente chegou ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Danilo Corrêa, no bairro Cidade Nova, zona Norte, onde também teve o atendimento negado e aconselhada à ir para casa.
─ São 16hs, ou seja, quase 10hs andando atrás de atendimento e nada. O sistema de saúde está falido. O povo abandonado por este governo. Isso é muito revoltante para uma mãe -, desabafou.
No dia 27 de agosto, um grupo de médicos que trabalham para o governo do Amazonas pagos por institutos e cooperativas, cobraram em carta o governador Wilson Lima (União Brasil) o pagamento de salários atrasados. Eles ameaçaram paralisar os atendimentos nas unidades de saúde.
De acordo com a mãe, ate às 16hs não havia nenhum servidor responsável pela direção do SPA Danilo Corrêa, e a sala da gerência permaneceu fechada por todo o dia.
Na recepção, centenas de pessoas aguardando atendimentos básicos por horas.
Com a palavra o Ministério Público do Estado (MPE/AM).
Da Redação