Manaus (AM) – Em encontro promovido pela candidata à deputada federal, Viviane Lima, nesta quarta-feira (21/09), o candidato pela coligação “Em defesa da vida” (MDB/PSD e a federação PT/PCdoB e PV), senador Eduardo Braga (MDB), acompanhado da vice, Anne Moura (PT), assumiu o compromisso de ser um defensor permanente das Pessoas com Deficiências (PCD), que representam cerca de 23% da população. No Amazonas, são 920 mil pessoas.
O evento, que aconteceu no Da Vinci Hotel, reuniu mães, pais, avós e dezenas de PCDs que estavam ansiosos para ouvir os candidatos da coligação, que tem um plano de trabalho voltado para este segmento da população. “A inclusão social é fundamental e ela pode estar em todos os lugares, desde a calçada ao transporte público e, eu me comprometo com vocês, com a Viviane e com a Anne, de colocar a acessibilidade no patamar máximo do meu próximo governo. Uma das primeiras coisas que irei fazer é recriar a secretaria para cuidar das pessoas com deficiência. O Omar (Aziz, candidato à reeleição no Senado, também presente no evento) estava certíssimo quando investiu nesta secretaria. É preciso que alguém dê visibilidade na disputa por verbas públicas, por espaço, por respeito às pessoas com deficiência”, garantiu Braga, sendo muito aplaudido pelo público.
Eduardo Braga também apresentou a proposta para intensificação do atendimento especializado às PCDs, em unidades hospitalares próprias, inclusive com o fechamento de diagnóstico. Este último ponto é um dos grandes entraves para o recebimento de direitos trabalhistas, sociais e até de atendimento especializado na rede pública. “Nós vamos criar uma rede de centros de reabilitação na saúde pública do Estado do Amazonas. Ainda há pouco o Omar disse: as pessoas ficam jogadas num canto, dentro de uma rede, no sofá ou no colchão e, muitas vezes, não têm acesso a uma reabilitação, a uma fisioterapia. Nós vamos criar uma rede de reabilitação na capital e no interior do estado. Vamos criar uma clínica especializada em diagnóstico e no tratamento tanto do autismo quanto da síndrome de Rett porque são questões muitos especiais. Essas pessoas enfrentam grandes problemas no fechamento de diagnósticos. Sem o fechamento de diagnósticos, você não tem nem uma lamparina para buscar o caminho (responsáveis não sabem os tratamentos e nem podem reivindicar direitos). Hoje, são milhares de autistas no estado do Amazonas e não temos nem estatísticas sobre Rett. Vamos voltar, Omar, com o programa de adaptação nas casas das pessoas com deficiência”, afirmou o candidato do MDB.
O senador Omaz Aziz, pai de uma moça com deficiência que faleceu com 17 anos, sempre foi um defensor das PCDs. Construiu uma escola para esta parcela da população, que leva o nome da filha, Escola Estadual de Atendimento Específico Mayara Redman Abdel Aziz, e investiu no aparelhamento da secretaria que cuidava deste segmento. O órgão foi extinto logo no início do governo de Wilson Lima. “Minha filha teve a sorte de ter a minha mãe, que foi a grande heroína dela. Minha mãe levava para médicos, fonoaudiólogos… Nem todos tem a mesma sorte. Investi na educação das pessoas com deficiência. Nós alugamos vans para buscar as crianças e jovens em casa para levar para a escola. Adaptamos várias casas para facilitar as atividades do dia. Construímos um centro para recuperação de dependentes químicos porque muitas mães pediam ajuda para seus filhos. Tenho certeza de que o Eduardo dará continuidade ao nosso trabalho neste novo governo, beneficiando milhares de pessoas”, falou Omar Aziz (PSD), senador e candidato à reeleição.
A candidata à deputada federal, Viviane Lima, que foi titular da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped), relatou o descaso com as PCDs. “Quando eu assumi a secretaria, os kits que o senhor (Omar) fez para as pessoas com deficiência estavam amontoados, dentro de um depósito. No meu primeiro dia, eu mandei entregar tudo. Não é justo materiais comprados com dinheiro público e, que as pessoas precisam, fiquem guardados. Eu aguentei muita humilhação deste governo, que não valorizou e nem valoriza as PCDs porque deixa faltar tudo. Os homens cadeirantes, por exemplo, têm muita infecção urinária e precisam de sonda, que o governo não dá. É por isso, que eu sou candidata, para tirar as pessoas com deficiência da invisibilidade, para dar respeito e dignidade a elas. Luto pelas minhas filhas (Viviane tem duas filhas com microcefalia) e por todas as PCDs e suas famílias”, afirmou com olhos cheios de lágrimas.
Com informações da assessoria de imprensa