Manaus (AM) ─ Considerada uma das principais vozes do samba e da MPB da nova geração, Joyce Cândido vai lançar mais um álbum, o “Samba Nômade”, que estreia nas plataformas digitais, nesta sexta-feira (11/08), tendo como música de trabalho “Surpresas do amor”, um dueto de Joyce com Moyseis Marques.
Quatro músicas de autoria dos manauaras Flávio Pascarelli e Paulo Onça também fazem parte desse novo álbum.
No sábado (12/08), ao meio dia, o clipe da música estreia no canal do YouTube da artista. E em setembro, no dia 19, já está marcado um show de lançamento do álbum em Manaus. De acordo com Joyce, o Teatro Amazonas será palco do evento, que contará com a participação da Orquestra de Câmara do Amazonas.
Joyce se destaca pela qualidade técnica musical, pela multiplicidade (toca piano, é bailarina e atriz) e por ser convidada a cantar em diversas partes do mundo, representando o Brasil. Embaixadora da música brasileira no Japão, melhor cantora brasileira nos EUA e uma “estrela em ascendência em Portugal” são títulos que ela coleciona. Nascida em Assis, interior de São Paulo, Joyce mora no Rio de Janeiro há dez anos e já gravou e fez shows com artistas como Elza Soares, João Bosco, Beth Carvalho, Jorge Aragão, Carlinhos de Jesus, Toninho Geraes, Leny Andrade, Marília Pêra, Zezé Motta e Bibi Ferreira.
“Samba Nômade” retrata Joyce como artista de alma itinerante, que leva a música brasileira para os quatro cantos do mundo, fazendo shows com músicos que vivem no Japão, na Alemanha, em Portugal, nos Estados Unidos e em diversas partes do país. É um trabalho todo autoral, com sambas inéditos, da própria cantora e de diversos compositores, de diferentes estados do Brasil, dentre eles, os amazonenses Flávio Pascarelli e Paulo Onça, além de André da Mata ─ de Mossoró, no Rio Grande do Norte -, o mineiro Roger Resende e os cariocas Guilherme Sá e Deivid Domênico.
Outra característica da obra é ter sido produzida por diversos produtores, que assinam, cada um, algumas faixas. São eles: Alceu Maia, Rodrigo Campello, Fernando Merlino e Leonardo Bessa. O álbum ainda conta com as participações especiais de João Cavalcanti, Moyseis Marques e do português António Zambujo.
Composições de Pascarelli e Paulo Onça ─ “Verdadeiro amor”, composição de Flávio Pascarelli e Paulo Onça, fala do conceito do amor líquido, que se esvai, que não preenche. “O verdadeiro amor tem que encher a casa, a alma e o coração (…) por isso de vez, eu me despeço dessa incompleta paixão, vou pra casa de bamba”.
A dupla manauara também assina “Entrega Sagrada” e “Última estação”, sambas que ganharam clipes praianos. O primeiro, descreve o encontro amoroso, como algo muito especial, cuidadoso, é um convite ao amor: “vem minha linda, sem receio da entrega sagrada, vem se mostrar intensa, desejada”.
Já o segundo, descreve o fim de um romance “a verdade é que pro meu coração nosso amor parou na última estação”, e encerra o álbum. “Tem dó de mim” é da mesma dupla, em parceria com André da Mata. Um samba com gosto de saudade, que traz os versos “Tem dó de mim, tem dó, saudade tem gosto ruim, amarga que nem jiló”, parafraseando Luiz Gonzaga.
Música de trabalho e clipe “Surpresas do amor”
“Já foi, não mais, tanto faz / Olhar pra trás nos faz sofrer / Olha a vida chamando pra viver / Olha a moça chamando pra sambar / Novo amor vai acontecer”. Estes são alguns dos versos presentes na música de Joyce Cândido e Guilherme Sá, e dão o tom da composição, que tem a participação especial de Moyseis Marques, em um dueto muito potente com a cantora.
─ Fiquei super feliz com a participação do Moyseis em “Surpresas do amor". Eu admiro muito o trabalho dele e adorei o samba que eu e meu parceiro Guilherme Sá fizemos (sem falsa modéstia!) Gostei muito do resultado! -, declara Joyce.
O clipe foi filmado no próprio estúdio onde a música foi gravada, e mostra o diálogo e sincronia afinada entre Joyce e Moyseis.
Surpresas do amor
(Joyce Cândido / Guilherme Sá)
Se eu tentar reviver tudo o que ficou
Nossa história, nosso querer
Tanta coisa mudou
Mas, deixa estar
Não sofrer pelo que acabou
O melhor é admitir
Nosso tempo passou
Já foi, não mais, tanto faz
Olhar pra trás nos faz sofrer
Olha a vida chamando pra viver
Olha a moça chamando pra sambar
Novo amor vai acontecer
Olha a vida chamando pra viver
Olha o moço chamando pra sambar
Novo amor vai acontecer
Dias de sol, um beijo ao luar
Sem intenção, se apaixonar
Surpresas do amor
Não vamos deixar passar
Cada um é feliz no seu lugar
FICHA TÉCNICA ─ música
Bateria: Jorge Gomes
Sanfona: Kiko Horta
Baixo: Ivan Machado
Cavaquinhos e Violão: Alceu Maia
Percussão: Neném Chama e Rafael Chaves
Coro: Claudia Telles, Viviane Godói e Paola Maia
Produção musical: Alceu Maia
Mixagem e masterização: Tuta Macedo
Produção Musical: Alceu Maia
FICHA TÉCNICA – clipe
Direção: Joyce Cândido e Roberto Pontes
Fotografia: Gabriel de Carvalho
Edição: Roberto Pontes
Faixa a faixa ─ Samba Nômade
A vinheta de abertura é homônima ao título do álbum “Samba Nômade” composta por Joyce, e traz os versos “Meu samba vai sair por aí, vai ganhar o mundo / celeiros de bamba, batuques e cantos eu visto a camisa do samba”. Em seguida, vem a música de trabalho “Surpresas do amor”, composição de Joyce e Guilherme Sá, e participação especial de Moyseis Marques.
“Fino trato” é mais uma composição de Joyce, e descreve um casal que se prepara para um reencontro, após muito tempo distantes: “Dei um fino trato no meu paletó de linho / pra encontrar você / meu antigo amor”. Joyce convidou João Cavalcanti para cantar e encenar seu par romântico nesta canção, que tem um clipe com estética de anime.
“Queria morar num boteco”, é um samba jocoso, do mineiro Roger Resende, e foi lançado como single durante a pandemia, quando estávamos todos enclausurados: “O fato é que eu moro num apartamento, mas queria mesmo é morar num boteco”. O português Antônio Zambujo foi convidado para cantar nesta faixa. O clipe conta com a participação de vários amigos de Joyce de diversos lugares do mundo, cada um em seu apartamento, dançando, bebendo e se comunicando através dos celulares e computadores.
“Recordação”, baião e samba se misturam nesta música de André da Mata e Raul DiCaprio. Uma letra linda e profunda sobre o amor, a saudade é a recordação: “saudade batendo na porta da casa do meu coração / que resistente suporta enquanto lá fora ela corta o tempo da recordação”.
“Em verde e rosa” foi escrito pelos mangueirenses Guilherme Sá e Deivid Domênico, que homenageiam Joyce, também mangueirense de coração: “senti o samba nascer no meu coração / em verde e rosa o compasso me conquistou / agora eu canto essa paixão”.
1) Samba Nômade
2) Surpresas do amor
3) Verdadeiro Amor
4) Tem dó de mim
5) Fino trato
6) Entrega sagrada
7) Queria morar num boteco
8) Recordação
9) Em verde e rosa
10) Última estação
Com informações da assessoria de imprensa