Empresário amazonense Mário Guerreiro morre aos 103 anos, em Manaus

Mário Guerreiro foi homenageado no Comando Militar da Amazônia por ser o único sobrevivente da guerra de 44 ─ FOTO: Divulgação/CMA

 

Manaus (AM) ─ O empresário amazonense Mário Expedito Neves Guerreiro morreu na tarde desta quinta-feira (15/08), em Manaus, aos 103 anos de idade. Ele foi um dos pioneiros da industrialização do Amazonas. Manauara, nascido no dia 8 de outubro de 1920, Guerreiro foi um dos 160 amazonenses a ir para Itália lutar na 2ª Guerra Mundial, em 1944. Ele deixa oitos filhos.

 

Além de ter sobrevivido a um dos maiores conflitos armados da história, que deixou cerca de 60 milhões de mortos no mundo, Mário Guerreiro também venceu a Covid-19, em 2020, após passar 40 dias internado com a doença, em São Paulo, depois que a família não encontrou leitos na rede privada de Manaus, que enfrentava um colapso durante a segunda onda da Covid.

 

Em setembro de 2021, o empresário recebeu homenagens do Comando Militar da Amazônia (CMA) por ser o único sobrevivente da guerra de 44.

 

Mário Guerreiro foi um dos mais importantes nomes do empresariado amazonense. Fundador da Brasiljuta, primeira empresa a industrializar fibras de juta e malva na Amazônia, Mário desempenhou papel central no desenvolvimento industrial da região. A empresa, fundada em 1951, gerou inúmeros empregos e foi um marco na história da indústria amazonense.

 

Guerreiro também foi o idealizador do Hotel Amazonas, que por décadas foi o principal empreendimento hoteleiro da capital, evidenciando sua visão inovadora e empreendedorismo.

 

Além dessas realizações, Mário Guerreiro foi um dos fundadores do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM) e presidiu importantes instituições como a Associação Comercial do Amazonas (ACA) e o Banco do Estado do Amazonas (BEA). Atuou ainda na direção da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), onde sua liderança foi amplamente reconhecida.

 

Nascido na capital amazonense, Mário perdeu o pai ainda jovem e foi criado pela mãe e pela tia. Após concluir seus estudos em Belém, no Colégio Paes de Carvalho, Guerreiro serviu na Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a Segunda Guerra Mundial, atuando na Itália contra as forças nazifascistas. Ao retornar ao Brasil, trabalhou na Prudência Capitalização em São Paulo antes de voltar a Manaus para investir no desenvolvimento econômico da região.

 

No ano do seu centenário, em 2020, Ana Guerreiro, filha mais nova do empresário amazonense, disse em entrevista ao jornal A Crítica, que mesmo aos 100 anos, Mário Guerreiro permanecia ativo nos negócios, administrando uma empresa de imóveis e servindo como conselheiro para os filhos.

 

Com informações do portal A Crítica

 

 

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