DENÚNCIA | Cinco mil presos estão nas ruas sem tornozeleiras eletrônicas praticando crimes, afirma Eduardo

Vários registros de assassinatos de presos usando tornozeleiras eletrônica em Manaus e no interior do Amazonas

 

Manaus (AM) ─ Cinco mil presos estão sem tornozeleiras eletrônicas no Amazonas e as que estão instaladas não são monitoradas pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap). A denúncia foi feita pelo pré-candidato ao Governo do Amazonas pela coligação “Em defesa da vida” (MDB,PSD e a federação PT, PCdoB e PV), senador Eduardo Braga a um programa de rádio local.

 

Segundo o parlamentar, a maioria dos detentos que usam os equipamentos estão nas ruas praticando crimes, como roubo a coletivos principalmente nas zonas Leste e Norte. “Tem coisa pior do que isso? O povo continua refém da criminalidade por falta de um governo que não tem festão na segurança pública”, criticou o pré-candidato.

 

De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), no primeiro semestre deste ano foram registradas 480 mortes violentas em Manaus, nove a mais em relação ao mesmo período de 2021, uma média mensal foi de 80 assassinatos. O mês com o maior número de crimes de assassinatos foi maio, com 106 registros.

 

Os números negativos da explosão da violência urbana fomentada por facções criminosas do tráfico de drogas colocam Manaus no ranking das cidades mais perigosas do mundo em 2022, no índice de taxa de homicídios por 100 mil habitantes, de acordo com a Statista, empresa alemã especializada em dados de mercado e consumidores.

 

Concursos públicos ─ Na série de entrevista com pré-candidatos, Eduardo Braga disse que o seu plano de governo vai priorizar a reestruturação das polícias Militar e Civil, com investimentos pesados em equipamentos modernos de inteligência e no efetivo policial. “Vamos usar as mais modernas tecnologias para combater o crime na raiz e isso sabemos fazer”, afirmou o senador.

 

Ele antecipou que a segurança pública precisa de concurso público para contratação de 6 mil policiais e que será promovido no seu governo a partir de 2023. O último certame realizado pelo Governo do Estado contratou cerca de 1,2 mil, o que, segundo o pré-candidato, é insuficiente para atender as demandas da capital e do interior.

 

Braga lembrou que a precariedade da polícia se estende pelo interior, onde presos estariam “administrando” os Distritos Integrados de Polícia (DIPs). “Lamentavelmente, hoje, são os próprios detentos que cuidam das delegacias. E isso, mais uma vez, é falta de que? De gestão do governo. E dinheiro não faltou”, afirmou o senador.

 

 

Com informações da assessoria de imprensa

 

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